Vocês acham que atitude da Bella foi muito precipitada?
Boa leitura!
Capitulo 23
POV Bella
Era
chegada a hora de enfrentar os meus demônios.
Tudo
havia mudado tão rapidamente, não conseguia acreditar que Jacob havia me
enviado aquela foto como se tudo que aconteceu entre nós fosse algo bom para
recordar. E então aqueles telefonemas constantes. Tudo isso estava me fazendo
perder a razão, tanto que me esqueci de buscar Edward no aeroporto naquele
mesmo dia.
Percebia
que ele havia notado que eu estava diferente, contei tudo a Rosalie e ela me
aconselhou a falar com ele, mas definitivamente não era algo que eu conseguiria
fazer, não por enquanto.
Eu tentei
continuar levando as coisas normalmente, porém em um dia recebi aquelas
malditas ligações durante todo o dia. Em meu celular, em casa e inclusive na
revista. Sempre a mesma coisa, ouvia-se apenas a respiração provando que havia
alguém do outro lado da linha. Perguntava-me se seria mesmo Jacob, não fazia
sentido algum.
Nesse dia
inventei para Edward que teria uma noite de meninas, ele estranhou óbvio.
Jamais fazia isso quando ele estava na cidade. Porém, precisava ficar um tempo
sozinha, tentar organizar meus pensamentos. Cheguei à conclusão que deveria
deixar isso de lado e tentar viver minha vida. Decidida voltei para casa e
espantei aquele estado em que me encontrava voltando ao normal, pelo menos era
o que esperava, até aquela noite.
Meu
Capitão havia preparado um delicioso jantar, pensou nos mínimos detalhes e
ainda tivemos um momento de paixão inesquecível sobre a mesa da cozinha.
Contudo, não esperava o que estava por vir e muito menos a reação que tive.
Quando o
vi ajoelhado em minha frente com aquele anel nas mãos, não sei dizer o que me
aconteceu. Um pânico tomou conta de mim e por um momento senti que toda a minha
vida passava diante dos meus olhos. O que vi não me agradou em nada. Saí
correndo dali, entrei no carro
e nem mesmo me dei conta quando parei. Acordei apenas quando vi Jasper batendo
no vidro, estranhamente estava parada em frente ao seu prédio. Ele e Alice me
tiraram dali e me levaram para o seu apartamento.
Eu
simplesmente não conseguia falar nada. Acordei no outro dia como se estivesse
na pior das ressacas, com o rosto inchado e sem animo algum. E tudo ficou pior
quando ouvi Jasper dizendo à Alice que havia batido em Edward. Briguei
seriamente com ele, afinal ele não tinha nada que ter ido até lá. Se queria
saber o que houve que esperasse que me acalmasse. Edward não merecia isso, ele
jamais fez algo que me magoasse ao contrário de mim.
Saí dali
muito brava e fiquei rodando pela cidade sem rumo. Quando dei por mim estava em
um caminho que há muito não fazia, e então estava no campus da NYU. Estacionei
o carro e desci. Sentei em um dos diversos bancos espalhados por ali. Aquele
lugar me trazia muitas lembranças, não posso dizer que todas ruins.
Foi ali
que iniciei meu sonho de ser jornalista, conheci Alice logo nas primeiras
semanas, dividi com Rosalie cada sonho profissional. Foi ali também que
começamos a idealizar nosso objetivo comum, a revista. Havia muitas lembranças
boas, até o último ano.
Naquela
época já estava conformada com minha inabilidade social, contraditório eu sei
para quem quer ser uma jornalista. Porém, eram essas as únicas horas que me
transformava. Acho que a paixão, pelo que hoje é meu trabalho me movia.
Então
aconteceu Jacob e aquele último ano desastroso da minha vida. Foi ali que me
fechei ainda mais, até mesmo com minha família e amigos. Não queria ver a pena
de ninguém e com isso afastei-me dos demais e de mim mesma.
Naquele
exato momento, ali sentada no campus onde passei quatro anos da minha vida acho
que finalmente percebi o que estava errado. Rose sempre teve razão. Não era
Jacob o problema, óbvio que ele intensificou tudo, mas o verdadeiro problema
sempre fui eu mesma e minha falta de capacidade de enfrentar meus medos e
traumas sempre colocando tudo para baixo do tapete.
A verdade
era uma só, jamais encarei as coisas de frente como deveriam ser. Estava
acomodada em meu pequeno mundo sempre dizendo que estava sozinha e que não se
aproximavam de mim. Jamais poderiam mesmo, eu não deixava tentando me proteger,
amortecer e principalmente não viver. Talvez até o pobre Mike tenha sofrido com
isso, ainda que nós dois realmente não fosse certo.
E quanto
a minha aparente frigidez provou-se que os médicos sempre tiveram razão o problema
jamais foi comigo. O problema real era não ter conhecido Edward aos meus vinte
e dois anos.
Definitivamente
não estava preparada para conhecê-lo, jamais poderia imaginar que um homem como
ele apareceria em minha frente dizendo que me amava e que queria se casar
comigo. Ele merecia muito mais. Edward merece uma mulher completa não pela
metade.
Sempre
compreendi claramente por que o amava, mas jamais entendi o contrário e agora
sei por que. Por que eu não me amo, por isso não consigo ver o que ele vê e eu
preciso disso. Sei que vou magoá-lo, mas o faria ainda mais se continuasse com
ele em meio a confusão interna em que me encontro. Necessito chegar ao fundo
disso de alguma forma. Pela primeira vez preciso fazer algo por mim, tenho que
agradecer a Edward, talvez sem ele jamais sairia da comodidade em que estava.
Tenho
consciência que será horrível ficar distante dele, mas sei que desta vez farei
o certo, pois ele não merece nada menos do que tudo que eu possa dar e para
isso primeiro tenho que resolver tudo aqui dentro.
Sai dali
horas depois indo direto para casa, naquela noite não o atendi ao telefone
ainda não conseguiria encará-lo. Isso tão pouco aconteceu no dia seguinte,
porém Edward não me deixou escolha. Quando o vi parado em minha sala congelei.
Não estava preparada para aquele encontro e provavelmente jamais estaria.
Ele
enlouqueceu e me carregou até um armário de limpezas. Obviamente não pude
resistir a ele, jamais conseguiria. Apesar de saber que naquele momento teria
sido o certo.
Quando
ele se foi senti como se houvesse sido uma despedida e aquilo me desesperou,
mas era o que deveria fazer. Dessa vez eu tinha consciência que o magoava, no
entanto, não era por egoísmo ou medo e sim por amor. Eu o amava tanto que
ficaria distante dele até não poder lhe causar mais dano.
O que eu
sabia que aconteceria novamente enquanto não concertasse as coisas dentro de
mim. Sabia também que ele ficaria comigo mesmo assim, porém um homem como
Edward não merece suportar isso. Ele merece alguém que possa lhe dar tudo sem
nenhum empecilho e tudo que eu esperava era conseguir destruir os meus o mais
rápido possível, e o que eu pedia era que quando isso acontecesse não fosse
tarde demais para nós dois.
Nesse
momento ainda estava na revista com Alice, ela tentava me consolar. Rose havia
saído com Edward. Só esperava que ele não estivesse com muita raiva de mim.
– Odeio
te ver assim. – Sorri triste para ela. – Você tem certeza do que está fazendo
Bella?
– Sim
Alice. Acho que pela primeira vez estou fazendo o certo. Eu preciso enfrentar
meus medos primeiro. Preciso descobrir por que ele me ama, para então poder
amá-lo sem nenhuma barreira.
– Você é
uma pessoa linda e sabe o que eu quero dizer. Por isso todos nós te amamos.
– O
problema é que eu não consigo ver isso e eu sei que se continuasse com ele tudo
iria bem por mais um tempo, mas logo aconteceria outra coisa e tudo voltaria.
Edward merece alguém constante em sua vida e não quero nunca mais magoá-lo.
– Eu te
entendo Bella e fico muito feliz, pois depois de tantos anos nessa concha é a
primeira vez que está se abrindo novamente e sei que de alguma forma você vai
conseguir.
– Espero
que sim. Meu único medo é que quando isso aconteça seja tarde. Hoje pareceu uma
despedida.
– Eu não
acredito. Eu sinto que ele sempre esperaria por você.
– Não
sei, entenderia se ele não fizesse. – Nesse momento avistei Rose caminhando até
nós.
– Você
conversou com ele?
– Não
muito, tomamos apenas um café para ele se acalmar.
– Ele
disse alguma coisa?
– Nada
além do que já havia dito a você.
– Ele me
disse que não o veria mais.
– Ele
também precisa de um tempo Bella.
– Eu sei.
– Por que
não vai para casa? Não está em condições para trabalhar.
– Ao
contrário Rose, preciso me ocupar com algo ou enlouqueço.
Voltei
para o meu escritório e tentei me concentrar no artigo que estava escrevendo.
Com sorte consegui meu objetivo, mas ao final do dia não tive mais saída se não
voltar para casa. O manobrista levou meu carro até a porta e segui para meu
apartamento, porém fui obrigada a fazer uma parada antes. Nesse exato momento
só uma coisa me ajudaria: sorvete de creme.
Parei no
estacionamento do supermercado e segui diretamente para a prateleira de frios.
Assim que peguei o pote aonde iria me afogar recebi o olhar compreensivo de uma
moça que fazia o mesmo ato.
– Para
afogar as mágoas. – Ela disse. Assenti com leve sorriso e segui para o caixa.
Estava
indo para o carro e comecei e sentir algo estranho. Destravei o alarme e antes
de entrar olhei em volta, a sensação que tinha era que estava sendo observada.
Parei por mais um momento. Não, era apenas loucura da minha cabeça, entrei no
carro e segui para casa.
Assim
como imaginava em casa foi a pior parte. Nossas fotos pela sala, no quarto. Seu
cheiro que ainda estava ali e tudo naquele apartamento agora me lembravam a
ele. Até mesmo a xícara em que gostava de tomar seu café ou o imã de coração da
geladeira que ele havia colocado ali dizendo que era para sempre me recordar
que era o seu coração que eu havia roubado.
Flashback
– Bom dia
amor!
– Bom
dia. – Dirigiu-se à geladeira tirando algo do bolso. Era um imã de geladeira em
formato de coração.
– O que é
isso?
– Vi em
uma loja perto de casa e não resisti em comprá-lo para deixar aqui bem à vista.
– E por
quê?
– Como
por quê! Além de bandida, ainda se faz de desentendida. – Sorri. Ele se
aproximou abraçando-me por trás. – Isso
é para você sempre recordar que é uma ladra e roubou ele de mim.
Fim do
Flashback
Aquela
conversa, como tantas outras terminou mais uma vez no quarto. E agora era
impossível controlar as lágrimas que desciam em meu rosto. Deitei-me na cama e
o pote sorvete terminou perto das duas da manhã quando desliguei a luz e tentei
em vão dormir. Se dormi duas horas havia sido muito.
Felizmente
no dia seguinte tinha que trabalhar e nos próximos dias tentei me focar nisso o
máximo de tempo que podia. Porém, aquela sensação estranha que senti no
estacionamento do supermercado não havia mais me deixado. Os dias se passaram
como um borrão.
E hoje
tudo seria pior, o tão temido dia havia chegado. Sexta-feira! E com ela muito
tempo livre sobrando no final de semana e se não me cuidasse iria engordar,
pois já havia consumido sorvete equivalente ao que consumiria em um mês.
Cheguei a casa à noite e fiquei andando de um lado para o outro, o desespero me
corroendo.
Não
estava conseguindo respirar, não podia mais ficar. Rumei para a garagem, entrei
no carro e sai sem destino. Porém, no meio do caminho lembrei-me de um lugar e
segui para lá.
Estava no
porto de Nova York, olhava os barcos e o mar ao meu redor. Não sei o que havia
passado em minha mente para estar ali, ou melhor, sei. Sentia-me mais perto do
Meu Capitão. Como ele estaria? Será que já estava me esquecendo? Uma dor
horrível tomou conta de mim com esse pensamento.
Fechei os
olhos e flashes de nossos momentos se passavam em minha mente como pedaços de
um filme. O navio, nossa primeira vez, a primeira vez que ele disse que me
amava em cima do monte Pharnassus no oráculo de Delfos. Nossos dias nas ilhas
gregas e quando finalmente confessei meu amor por ele. Nosso almoço na casa de meus
pais e cada um dos momentos que vivemos aqui de volta a Nova York.
Novamente
as lágrimas não podiam ser contidas. Perdi as horas enquanto estava ali, nem ao
menos sabia a quanto tempo estava ali parada. Sentindo a brisa fria da noite
decide voltar para casa. O final de semana seria longo.
Foram
horas longas e que pareciam se arrastar. Terminei indo para a casa de meus pais
no domingo, a animação sempre contagiante de Renné sempre me deixava alegre e
as conversas sem muitas palavras com Charlie davam-me força.
– Sei que
está triste Bells, mas não vou te perguntar o motivo, até por que já imagino.
– Ele não
tem culpa pai.
– Não
disse isso, na verdade ele me parece um bom rapaz. – Olhei para ele assustada.
– Mas se
disser que eu disse isso negarei veementemente. – Sorri esse era o Chefe Swan.
– Posso
parecer um pouco distante às vezes, mas não se engane Bells meu faro de
policial está sempre presente.
– O que
quer dizer?
– Que eu
estou sempre atento ao que se passa contigo. Nunca me meti, pois sei que como eu,
você tem seu tempo para resolver seus assuntos da sua maneira.
– Afinal
sou parecida demais com meu pai. Mamãe e Jasper sempre reclamam. – Ele sorriu.
– Só
quero que saiba que sempre estou aqui.
– Eu sei
disso.
–
Charlie, Bella o almoço está pronto. – Gritou Renné nos tirando de nossa bolha
pai e filha. Charlie me abraçou e seguimos para a sala de jantar.
Consegui
aproveitar um pouco minha família nesse domingo, acho que há muito tempo não
fazia isso. Segui novamente para casa. Felizmente amanhã seria segunda e minha
mente estaria mais ocupada, pelo menos até a noite de sábado. Era o dia da
bendita festa.
Ainda não
havia decidido o que faria. Às vezes pensava em ir encarar a todos,
principalmente Jacob e ver como me sentia. Outras vezes descartava
completamente esta possibilidade, pensando que o meu problema teria que
resolver sozinha, comigo mesma e não precisaria de um confronto assim que
apenas me desgastaria.
Os
malditos telefonemas continuavam, eu optei por simplesmente não atender mais.
Cada vez que o telefone tocava e aparecia um número que não conhecia não
atendia e ponto.
A semana
passou sem que nem ao menos eu sentisse. Tentei olhar para mim mesma percebendo
o que estava errado. Já era tarde de sábado. Havia dito a Rose e Alice que não
iria a tal festa, mas nesse momento a indecisão me corroia.
Comecei a
pensar em tudo que havia acontecido entre mim e Jacob, e todos esses anos que
me escondi de mim mesma não encarando meus medos e inseguranças. Durante esses
anos deixei que a vida apenas passasse por mim mesma. Agora percebia que até
Mike havia sido uma distração para que eu não olhasse para isso. Na verdade só
me dei conta agora, depois que Edward apareceu.
Eu já
sabia que não era uma mulher frígida, eu sentia prazer e era capaz de
proporcioná-lo. Meu Capitão me mostrou isso. O que mais faltava para que
despertasse de uma vez e enviasse todos esses medos para o ralo. A resposta
veio em seguida. Precisava confrontá-lo. Mas eu conseguiria isso? Sim, pela primeira
vez não deixaria o medo me parar.
Decidida
abri o closet buscando um vestido, iria naquela festa e
esse capítulo amargo da minha vida se encerraria hoje. Depois de pronta segui
para o carro. No caminho parei em um barzinho, precisava de uma ajudinha para
minha coragem. Sei que não costumava beber, mas só uma dose de incentivo não me
faria mal.
Duas
doses de tequila depois estava de volta ao carro. Ouvi uma buzinação do lado de
fora do bar, parecia ter se formado uma pequena confusão, mas não dei atenção e
segui meu caminho.
Quando
estava me aproximando do campus um tremor tomou conta de mim, por um momento
pensei em desistir. Então, respirei fundo e desci do carro dirigindo-me até o
local. Já havia chegado até ali e precisava continuar.
Entrei no
salão onde seria a festa, o local estava todo iluminado e tocava uma música ao
fundo. Reconheci algumas pessoas que circulavam por ali com seus copos na mão,
mas para minha infelicidade as duas primeiras pessoas que vinham em minha
direção eram Leah e Emily, as duas mulheres que estavam com Jacob naquele dia e
que por uma triste coincidência faziam o mesmo curso que eu na época. Algumas
coisas mudaram. As duas estavam gordas e bem acabadas para idade, porém outras
coisas jamais mudariam. Como o semblante fútil e alienado.
–
Isabella Swan não acredito que você veio. – Disse-me Leah e apenas sorri
falsamente.
–
Realmente não esperávamos vê-la aqui. – Manifestou-se Emily.
– E por
que não? Recebi o convite assim como vocês
– E
Rosalie, por que não veio?
– Ela
teve outro compromisso Leah.
– Como
sempre sozinha Bella! – Leah começou a soltar seu veneno. – Ali estão nossos
maridos.
Percebi o
leve semblante de desgosto em seus rostos, porém tentavam aparentar que estavam
muito satisfeitas. Tive que segurar o riso ao me deparar com dois homens um
pouco mais velhos e barrigudos que ainda por cima olhavam para mim com clara
cobiça. Claro que ficava evidente que eram muito ricos e percebi na hora de que
se tratavam esses matrimônios. Não poderia esperar outra coisa dessas duas. Era
uma vergonha pensar que tínhamos a mesma profissão, ao menos elas não manchavam
ainda mais o nome do jornalismo o exercendo.
– Oh! Sim
posso ver que fizeram ótimos casamentos. – Disse cínica. – Então não quiseram
seguir a profissão? – Graças a Deus, completei mentalmente.
– Não foi
possível, nos dedicamos ao lar. – Respondeu Emily.
–
Imagino. – Pobres donas de casa se tiverem que se comparar com essas duas, pois
duvido muito que tivessem competência para dirigir uma casa. Deveriam viver
para gastar e a desgraça pior seria se tivessem filhos, já estava com pena das
supostas crianças.
– Rose,
Alice e eu abrimos uma revista. Vocês devem conhecer, New Yor Life.
– Oh sim.
– Leah disse com desdém. – Meu marido lê a coluna sobre política, mas eu
confesso que jamais li. Não me interessa.
– Não
esperava por isso, afinal uma mulher tão ocupada como você não perderia tempo
com algo tão fútil como uma coluna política. Porém, fico feliz que seu marido
goste da minha coluna. – Nesse momento vi seu marido se aproximar.
– Eu
conheço você. É Isabela Swan, leio sempre sua coluna.
– Sim sou
eu mesma.
– Leah
por que não me disse que havia estudado com Isabela Swan. Acompanho sempre seus
artigos. São excelentes.
–
Obrigada.
– Sou
Jared, muito prazer.
– O
prazer é meu. – Ele me cumprimentou e se distanciou quando foi chamado por
outro homem, ficamos novamente sozinhas e pela cara das duas não estavam nada
felizes. Eu sorria internamente.
– Pelo
visto tem muito sucesso profissional Bella, mas nem isso parece ter facilitado
para te arrumar alguém. – Caso fosse aqueles dois tipos que as duas haviam
arrumado, por favor, com certeza não.
– E quem
te disse que eu não tenho alguém Leah?
– Está
aqui sozinha a conclusão é óbvia. – Não consegui responder, pois nesse momento
eu o vi. Caminhava em nossa direção com um sorriso no rosto, como se estivesse
prestes a encontrar alguém muito querido que não via há muito tempo. Cínico.
– Bella!
Estou muito feliz por ter vindo. – Fez menção de me abraçar, mas lhe estendi
apenas a mão. Muito a contragosto para evitar um mal maior.
– Como
vai Jacob?
– Melhor
agora. Senti saudades de você.
– Não
posso dizer o mesmo.
– Mas
está aqui.
– E o que
isso pode ter haver, não vim aqui por você.
–
Estávamos mencionando que Bella está sozinha Jacob, só imagine por que. – As
duas começaram a rir.
– E isso
o que tem eu também estou.
– Eu vim
sozinha, o que não quer dizer que estou sozinha.
– Oh sim,
então nos diga onde está seu marido, não vejo aliança nenhuma em sua mão. –
Leah não perdia a oportunidade de destilar o seu veneno.
– Não
tenho um marido por enquanto e sim um namorado.
– E onde
estaria o homem invisível que não o vejo.
– Não o
vê por que não está aqui. Não conseguiu pegar o voo e chegar a tempo. – Menti.
Eu pedi um tempo para ele, mas nunca dissemos que estava tudo acabado, então,
tecnicamente ainda estamos juntos.
– Claro
que sim. E o que ele faz para estar viajando e nem ao menos acompanhar a
namorada há uma festa.
– Ele é
Capitão da marinha Emily e não conseguiu chegar a tempo. – As duas começaram a
gargalhar e aquilo foi me deixando com muita raiva.
– Você é
hilária Isabella. Escreve tantos artigos que desenvolveu uma enorme capacidade
criativa para inventar histórias.
– Não tão
boas quanto a sua Leah em tentar inventar um maravilhoso casamento. Imagino que
o motivo que a uniu a Jared foi o mais intenso amor. – Agora foi a minha vez de
gargalhar e vê-la com muita raiva.
– Vamos
parar com isso meninas. – Disse Jacob. – Mas em algo preciso concordar com elas
Bella, Capitão da marinha é muito fantasioso.
– Você
acha? Acho muito mais fantasioso um homem que se ilude pensando satisfazer uma
mulher. – Ele fechou a cara na hora.
– Bella
venha comigo. Preciso falar com você. – Pegou em meu braço, mas eu o puxei na
mesma hora.
– Não vou
a lugar algum. Não tenho nada para falar com você em particular.
– Hora,
hora se não são os antigos namorados em plena recordação. Já está mais quente
Isabella ou continua fria como uma múmia, como o próprio Jacob dizia.
– Não vou
me dar ao trabalho de te responder.
– Claro
que não. Somente inventa namorados para disfarçar isso.
– Eu não
sou tão baixa a esse ponto Leah não me julgue por você, mas já que insiste,
posso te dizer que Meu Capitão não tem reclamado. Meu problema do passado era a
falta de um homem de verdade que eu não tinha.
Nesse
momento Jacob ficou furioso, podia sentir sua respiração alterada e pulsos
cerrados.
– Verdade
Isabella. Tanto te faltava que hoje precisa inventá-los para encobrir sua falta
de capacidade.
– Eu não
inventei nada. Meu Capitão existe e é muito mais homem do que você jamais foi.
– Ele gargalhou alto mostrando o verdadeiro Jacob Black, cínico e covarde.
– Você é
patética Bella.
– Não
mais do que você que sempre foi um incompetente.
– Então
me mostre esse homem fantástico. Onde ele está? Não o vejo claro. E duvido
muito que ele exista.
– Eu não
duvidaria. – Uma voz rouca soou atrás de nós e no momento em que me virei ele
estava lá vestido com sua farda.
– Edward!
1 Comentários:
eu tbm quero bater nesses 3...por que o JACOB tbm ta merecendo
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