Me desculpem por não postar ontem mas hoje vamos ver a impressão que o nosso Capitão deixará naquela festa!
Boa leitura!
Capitulo 24
POV
Capitão
Sábado,
dia perfeito de sol e mar para estar velejando, mas eu estava lá em plena sete
horas da manhã em frente ao edifício de Isabella do outro lado da rua. Sim eu
sei, sofro de alguma doença muito séria e essa bendita mulher é minha cura e
meu mal.
Agora já
havia se passado algumas horas desde que havia chegado, eram exatamente dez da
manhã e nem um sinal dela. Torcia para que não decidisse ficar o dia todo em
seu apartamento, afinal estava aqui para vê-la. O amor faz coisas estranhas com
as pessoas.
Estava
distraído quando ouvi um barulho, logo concluí tratar-se de meu celular. Olhei
no visor era Demitri, com toda certeza tinha novidades.
– Que
surpresa é essa me ligando às dez da manhã de um sábado. Não está na cama de
alguém suponho?
– Graças
a você não e isso já há três dias.
– Que
culpa eu tenho?
– É um
ingrato mesmo. Há três dias estou organizando suas coisas, saiba que nem tudo é
rápido.
– Deixe
de reclamações e me diga as novidades.
–
Definitivamente é um ingrato. Onde está Cullen? Passei pelo seu apartamento e
Emmett me disse que quando acordou você já não estava.
– Estou
resolvendo algumas questões.
–
Questões essas, que suponho serem as mesmas que te impediram de fazer tudo o
que pediu a mim.
– Digamos
que sim.
– Onde
está Cullen?
– Já lhe
disse.
– Nem
mesmo tem coragem de admitir que está parado em frente ao prédio de Bella
vigiando seus passos.
– Como? –
Então ouvi uma batida no vidro do carro.
– Abre
essa porta Cullen. – Demitri estava do outro lado do vidro e não havia outro
jeito se não abrir. Ele entrou no carro e ficou parado me olhando.
– Nem
mesmo eu acreditei quando essa ideia me passou pela cabeça, mas alguma coisa me
dizia que iria te encontrar aqui. Você é patético Cullen.
–
Voltamos a conversar quando você se apaixonar.
– Deus me
livre desse mal. Agora entendo por que estava tão ocupado e precisou me chamar,
afinal, além de Capitão está se tornando espião também.
– Como
você é engraçado Demitri.
– Tudo
bem não vou mais tentar entender sua loucura. Está muito além da minha
compreensão. Contudo, preciso me certificar, não colocou câmeras no apartamento
dela ou escuta no telefone.
–
Demitri! – Ele riu.
– Apenas
me certificando.
– Vamos
ao que interessa. Conseguiu tudo o que pedi?
– Você
está falando com Demitri Volturi, claro que consegui. Porém, algumas coisas
demoram um pouco mais, burocracia meu caro.
– Sei.
Burocracia ou algum par de pernas femininas em seu caminho.
– É
realmente um ingrato e para minha infelicidade foi mesmo a burocracia. Estou há
três dias em sua função Edward. Bem, está tudo preparado.
– Esse
embrulho que você traz aí.
– Já ia
me esquecendo. Essa é a encomenda que você queria em mãos, nem vou perguntar o
que vai fazer com ela, pois só penso em coisas ilegais. – Ele gargalhou e eu
não pude evitar rir também.
– Digamos
que sim.
– E
quando você pretende fazer toda essa operação.
– No
momento oportuno, assim que ele se apresentar.
– E como
você vai me avisar?
– Assim
que tudo estiver pronto eu te ligo, talvez eu não possa falar no momento então
vamos combinar um código.
– Estou
me sentindo James Bond definitivamente.
– Então
aproveite seu momento espião. Bem, o que poderia ser? Certo, quando chegar o
momento eu ligo para você e te digo a frase “homem ao mar”.
– Homem
ao mar Edward! Não tinha algo mais misterioso e impactante. – Sorri parecíamos
duas crianças.
– Você
tem que concordar que é perfeito para a operação.
–
Concordo. Então, você vai me ligar, dizer essa frase e eu dou início à última
fase da operação, inclusive incluindo os cúmplices.
– Isso mesmo.
– Você
tem certeza que pode contar com todos eles?
–
Absoluta. Basta você contar a motivação para tudo que eles vão ajudar.
– Conto
com isso. – Então um silêncio estranho se instaurou, digo estranho, pois
Demitri não tem travas na língua.
– O que
quer me dizer?
– Edward
eu sei que você a ama, mas você não acha que... – Completei para ele.
– Que
estou exagerando, que fiquei louco por estar aqui a olhando de longe e que
deveria ter um pouco mais de amor próprio e orgulho?
– Sim.
– Eu te
respondo meu amigo que não. E vou te dizer por que. Caso Isabella tivesse se
afastado de mim por que não me queria mais, por que não me amava mais, com
muita dificuldade eu me afastaria, porém esse não foi o motivo do seu
afastamento. Seus motivos são pessoais e nada tem haver comigo. Eu respeito,
apenas não entendo por que ela acha que tem ficar distante de mim para
resolvê-los, definitivamente eu não consigo compreender isso. Mas o que
verdadeiramente importa Demitri eu sei que existe, Isabella me ama e por isso
estou disposto a esperar. – Olhou-me debochado. – Tudo bem, não quero esperar
tanto, mas ninguém pode me recriminar por apressar um pouco as coisas. E também
eu sou um homem de trinta anos que descobriu o amor e nessa equação não cabe
orgulho, não vou dificultar mais minha vida com vaidades inúteis.
– Certo.
Acho que consegui te compreender senhor enamorado. – Sorri.
– Que
bom. Você ainda vai compreender melhor.
– Outra
vez me rogando praga. Quero ser o futuro padrinho, mas não pretendo que você
seja o meu.
– Vamos
ver.
Demitri
se foi e eu o agradeci imensamente agora era só esperar. Continuei em frente ao
apartamento e nesse dia ela apenas saiu para ir ao supermercado e banca de
jornal. Estava linda com short, camiseta e tênis, mas seu semblante ainda era
triste. No domingo ela foi para casa de seus pais e algo muito estranho
aconteceu.
Estava
parado do outro lado rua em frente à casa de Charlie. Isabella havia entrado há
algum tempo, porém estava me sentindo um pouco incomodado, dessa vez parecia
que o vigiado era eu. Olhei ao redor receoso pensando que ela, talvez tivesse
me descoberto, mas não vi nada.
Minutos
depois a porta da casa foi aberta e dela saíram Charlie e Isabella. Eles
passeavam pelo jardim e conversavam. Estavam muito próximos do portão, por isso
me encolhi abaixando o boné que usava. Os dois conversavam aparentemente
sérios, ela parecia mais tranquila apesar de seu semblante continuar
entristecido. Mais alguns minutos se passaram e os dois voltaram a caminhar em
direção da casa, porém Charlie parou por um segundo virando-se e olhou
diretamente em minha direção. Por um momento pensei que fosse vir até mim ou
dizer para Isabella que algum maníaco a estava perseguindo. No entanto, apenas
fez-me um aceno de cabeça. Nesse momento percebi que ele sabia perfeitamente
que se tratava de mim ali parado observando sua filha e felizmente por sua
expressão não parecia achar-me um louco. Definitivamente acho que havia
conquistado meu sogro.
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A semana
passou arrastada, apesar de vê-la todos os dias não poder tocá-la minava minhas
forças. Quantas vezes me peguei pronto para me aproximar e tomá-la para mim,
mas sabia que não podia fazer isso, pois colocaria tudo a perder. A única coisa
que martelava em minha mente era quanto tempo ainda teria que esperar.
Tinha
claro que saberia o momento certo para fazer as coisas, meu conhecimento sobre
Isabella e o amor que sentia por ela me davam essa segurança. Contudo, temia
que esse momento demorasse demais ou que em minha aflição fosse precipitado. Bem,
sempre tem algum risco, mas vou confiar que saberei a hora certa.
Enquanto
isso minha vida se resumia a acordar antes de Isabella, segui-la até seu
emprego, restaurantes, supermercados e vê-la parar muitas vezes em seu caminho
olhando para os lados como se soubesse que eu estava ali.
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Novamente
era sábado e nesse dia Isabella não saiu nem por um momento, e eu já estava
ficando nervoso do lado de fora.
Já eram
nove da noite quando algo me surpreendeu era ela, já estava sem esperanças de
vê-la. Saía em seu carro. Imediatamente a segui parecia saber exatamente para
onde ia e com que surpresa a vi entrar com seu carro em um estacionamento. Não
pude acreditar quando a vi entrar em um bar.
O que
faria Isabella em um bar se nem mesmo costumava beber. Estacionei o carro de
qualquer maneira e a segui. Já dentro do bar logo a avistei. Estava tão linda
em vestido preto de mangas compridas e que deixavam suas lindas pernas à
mostra. Presenciei vários olhares masculinos e aquilo fez meu sangue ferver.
Pessoalmente torcia para que nenhum tivesse coragem de se aproximar, pois se
isso acontecesse desistiria de tudo e tiraria o ser inconveniente de perto dela
na mesma hora. Isso não teria discussão, jamais poderia permitir.
Sentei-me
um pouco afastado tentando esconder-me atrás de uma pilastra. Enquanto tentava
ficar entre as sombras, assistia estarrecido Isabella tomando de um só gole
aquele líquido que reconheci como sendo tequila.
Ainda
tomou mais uma dose, então simplesmente deixou o dinheiro no balcão e saiu.
Tudo aquilo estava muito esquisito, esse não era o tipo de comportamento que
combinasse com ela. Sair à noite diretamente para um bar e tomar duas doses de
tequila. Definitivamente algo estava acontecendo e iria descobrir nesse exato momento.
Saí
apressado, porém tentando manter certa distância para que ela não me
percebesse. A vi seguir para o estacionamento, então corri para o meu carro.
Ela saiu e me preparei para ir atrás, porém um carro que não sabia de onde
havia surgido trancou-me a saída. Comecei a buzinar já angustiado gritando com
o motorista para que saísse do meu caminho. Alguns minutos depois ele saiu,
porém já não adiantava mais. Isabella se fora e não fazia a mais remota ideia
para onde ela iria.
Estava
preocupado. Sabia que ela era fraca para bebidas e agora estava por aí sob o
efeito de duas doses de tequila guiando um carro. Não tinha outra saída. Apenas
uma pessoa poderia me ajudar naquele momento. Busquei o celular encontrando o
número. Felizmente depois da quinta chamada me atendeu.
– Preciso
de sua ajuda.
– O que
houve Edward?
– Rose
você sabe para Isabella poderia estar indo esta noite?
– Bella!
Onde você está? Não ficaria afastado dela?
– Isso
não vem ao caso agora. Sabe de algo?
– Por
quê? O que aconteceu?
– Isabella
estava em um bar. Tomou duas doses de tequila e saiu. Não pude ver para onde
foi, mas estou preocupado. Você sabe que ela não tem muita tolerância à bebida
e como se isso não bastasse está dirigindo.
– Sim eu
sei, mas onde ela poderia estar indo. O que pode ter acontecido para que ela
tenha esse tipo de comportamento.
– Não me
diga que não faz ideia de onde ela pode estar. Você era minha esperança Rose. –
Ela ficou em silêncio por alguns segundos. – Rose está aí?
– Espere,
acho que já sei onde ela foi. Definitivamente o comportamento que me descreveu
não é algo que se possa dizer típico de Bella, a menos que esteja passando por
uma situação atípica.
– Rose,
por favor, se sabe algo me diga logo.
–
Desculpe. Bem, hoje seria a tal festa de que lhe falei e o fato dela ter
entrado em um bar e tomar algo apenas comprova que ela decidiu ir.
– Está
querendo dizer que acha que Isabella foi à festa organizada por aquele Jacob.
– Não
acho Edward, pensando agora com clareza e depois do que me disse tenho certeza.
– Você
sabe onde seria? Por favor, me diga que tem o endereço.
– Espere
um minuto, vou procurar o convite ali tem o endereço. Não me lembro onde seria,
na verdade nem ao menos o li com atenção. – Rose deve ter demorado apenas
alguns minutos, mas para mim pareciam horas intermináveis.
–
Encontrei! Como sou tola, era mais do que óbvio onde seria. É no próprio campus
da NYU em um salão, com certeza você irá encontrar fácil.
– Estou
indo para lá então. Obrigada Rose.
– Você
não respondeu minha pergunta cunhado.
– Aconselhou-me
a não me aproximar e não o fiz, mas nada me impede que a veja de longe algumas
vezes.
– Certo.
Espero que tudo dê certo. Aguardo notícias.
Desliguei
o telefone e segui meu caminho, porém algo me veio à mente. Agora já sabia onde
estava, mas não poderia alcançá-la. Restava-me torcer para que chegasse em
segurança. Então teria tempo para fazer o que pensava. Voltei para meu
apartamento, apressado subi pelas escadas mesmo, seria mais rápido do que
esperar o elevador. Entrei em meu apartamento e como imaginava Emmett não
estava, deveria estar com Rose. Fui diretamente para o meu quarto. Diante do
closet apenas uma roupa seria a perfeita para esta noite. Meu uniforme.
Depois de
vestido olhei-me no espelho. Nada melhor do que isso para colocar um canalha em
seu lugar e com que prazer faria isso. Pode esperar Isabella, pois seu Capitão
está a caminho.
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Em
quarenta minutos estava chegando ao estacionamento da NYU. Havia muitos carros
estacionados. Desci do carro olhando em volta e pela movimentação já sabia que
direção tomar. No caminho, obviamente, chamava atenção por onde passava, afinal
não é todo dia que se vê um Capitão andando pela universidade.
Aproximei-me
do local e fiquei perto da entrada para que não fosse visto. Queria encontrá-la
primeiro. Quando a vi ela estava vindo em minha direção parou próxima a porta e
duas mulheres se aproximaram dela. Dois tipos vulgares, esse tipo de mulher se
reconhece de longe.
Enquanto
elas conversavam, eu ouvia tudo incógnito. Sabia que se entrasse não poderia
passar despercebido, e queria saber o que estava acontecendo e como Isabella
estava encarando esse reencontro com seu passado. Fiquei feliz ao perceber que
minha Isabella estava ali, aquela era minha mulher vulcão. Não se deixou
intimidar um só momento pelo veneno que vertia daquelas duas.
As duas
mulheres pareciam não acreditar no que ela dizia, com certeza por inveja.
Afinal, não havia comparação entre elas e Isabella. Até mesmo os maridos das
duas não tiravam os olhos da minha mulher, o que muito me incomodou.
Contudo,
nada me incomodou mais do que ver aquela imagem. Um homem moreno se aproximava
olhando diretamente para ela com um sorriso no rosto e o que vi naquele olhar
não me agradou em nada. Tinha certeza que se tratava do canalha. Comprovando
que estava certo ouvi seu nome ser pronunciado por ela. Isabella mostrava um
claro desgosto no encontro e o tipinho simplesmente se comportava como se nunca
houvesse ocorrido nada entre os dois que a tivesse magoado. Além de canalha era
um covarde.
Continuei
ouvindo a conversa e sorri ao perceber que ela falava de mim no presente,
talvez pensasse do mesmo modo. Estávamos distantes sim, mas jamais havíamos
dito que tudo estava terminado, consideraria como um tempo.
Quando
ela disse quem eu era vi o deboche impregnado no rosto de cada um deles, até
mesmo disseram se tratar de uma fantasia dela. Todos iriam se surpreender com
certeza. Aproximava-se a hora em que me deixaria ver.
A partir
daquele momento o clima passou a ficar tenso e a hostilidade se via em cada
palavra. Fiquei orgulhoso de Isabella que nem por um minuto se deixou abalar,
lembrei-me do que Rose falou e comprovei que ela estava certa. Isabella havia
começado a enfrentar seus medos.
– Eu não
sou tão baixa a esse ponto Leah não me julgue por você, mas já que insiste,
posso te dizer que Meu Capitão não tem reclamado. Meu problema do passado era a
falta de um homem de verdade que eu não tinha. – Gostei muito de ouvir isso.
Porém,
percebi que naquele momento o tal Jacob ficou furioso.
– Verdade
Isabella. Tanto te faltava que hoje precisa inventá-los para encobrir sua falta
de capacidade.
– Eu não
inventei nada. Meu Capitão existe e é muito mais homem do que você jamais foi.
– O imbecil gargalhou tentando ridicularizá-la.
– Você é
patética Bella.
– Não
mais do que você que sempre foi um incompetente.
– Então
me mostre esse homem fantástico. Onde ele está? Não o vejo claro. E duvido
muito que ele exista. – Aquela era minha deixa e calaria a boca desse infeliz
de uma vez por todas.
– Eu não
duvidaria. – Olhei-o fixamente e pude ver seu espanto.
– Edward!
– Era Isabella, olhei para ela e sorri.
–
Desculpe-me pelo atraso meu amor. Não tive tempo de me trocar e vim direto do
aeroporto.
Aproximei-me
dela enlaçando sua cintura e a
beijando em seguida. O grande problema disso era a falta que sentia dela e o
sabor de seus lábios nos meus me atingiu em cheio. Por um momento nada mais
existia, apenas nós dois. Para minha felicidade a saudade era mútua, pois já
sentia suas mãos em meus cabelos enquanto ela correspondia ao meu beijo
apaixonadamente. Porém, como tudo que é bom dura pouco, ouvimos um pigarro.
Afastei-me ainda segurando possessivamente sua cintura. Isabella parecia alheia
e um tanto perdida. Sorri.
– Oh!
Sinto muito, peço que me desculpem o arroubo, mas acredito que podem
compreender a saudade de um homem apaixonado. – Ouvi o suspiro invejoso das
duas víboras e o rosnar irritado do canalha.
– Edward
como chegou aqui? – Sabia o que ela queria dizer, mas obviamente segui com sua
pequena farsa.
– Já
disse meu amor. Saí do aeroporto e vim direto para casa, não tive tempo de me
trocar. Como havia prometido que tentaria vir fiz de tudo para estar aqui. –
Aparentemente ela pareceu acordar naquele instante.
– Fico
feliz meu amor. – Ela me sorriu um pouco estranha. Olhei na direção dos três
que estavam a nossa volta.
– Que
falta de educação a minha nem ao menos me apresentei. Capitão Edward Cullen
muito prazer. – Na verdade não tinha nenhum.
–
Realmente é um Capitão da marinha? – Perguntou-me a morena que Isabella havia
se referido como Leah.
– Bem,
creio que o uniforme não deixa dúvidas, no entanto sim sou Capitão da marinha
há seis anos. – O tal Jacob apenas nos olhava em silêncio.
– E como
conheceu Isabella? – Perguntou-me a outra. Olhei para ela que me sorriu, dessa
vez sinceramente como se lembrasse do momento assim como eu. Sorri para ela
também.
– No
navio durante um cruzeiro.
– Sério?
– Sim,
porém já era apaixonado por ela muito antes disso, contudo ela me conheceu ali.
– E como
pode ser isso?
– Já a
tinha visto de longe. – Então ouvimos espantados o crápula gargalhar e bater
palmas.
– A
encenação está perfeita Isabella, agora nos diga quanto pagou para ele vir até
aqui e contar toda essa história. Tenho que admitir que é um perfeito conto de
fadas. – Meu sangue ferveu.
– Como
ousa?
– Qual é
cara, pode me dizer quanto ela te pagou. – E nesse momento percebi que todos ao
redor prestavam atenção em nós e que as duas mulheres ensaiavam um riso. Ia
dizer algo quando vi Isabella tomar minha frente e agora era ela que ria.
– Do que
está rindo? – Ele perguntou.
– Do quão
ridículo você é Jacob. Sempre foi um covarde escondido em meio a músculos e um
sorriso falso. Tudo para encobrir o quão insignificante e covarde é. Tão
covarde a ponto de colocar a culpa em uma mulher diante de sua total
incapacidade de satisfazê-la. Naquela época era uma tola e deixei-me levar, mas
hoje sei o que é um homem de verdade em todos os sentidos. Você sempre foi um
machista incapaz e eu era uma menina iludida, mas hoje sou uma mulher. Uma
mulher que sabe todo seu potencial. Você jamais conseguiu me fazer sentir nada
e ainda colocava a culpa em mim, pois saiba que esse homem aqui me fez sentir o
prazer que você jamais foi capaz.
– Está
louca. É uma mal amada e frígida que jamais foi capaz de satisfazer um homem.
–
Continue tentando maquiar sua incapacidade como o covarde que sempre foi. Já
não me importa.
– Eu
sempre soube satisfazer uma mulher. – Então se ouviu algumas risadas das
presentes naquele salão. E a tal Leah se manifestou.
– Vamos
combinar que você sempre foi um homem bonito Jacob, mas na verdade todas as
vezes que estivemos juntos, eu fiquei na mão.
– Sim. –
A outra se pronunciou, não lembrava seu nome. – Tenho que concordar com Leah e
Bella. – Disse rindo, e todos no salão riam também. Depois disso senti que era
o momento de me manifestar.
– Você
realmente não é um homem. Um homem de verdade jamais tentaria humilhar uma
mulher diante de sua incapacidade e para que saiba Isabella é uma mulher
incrível, mas isso não lhe interessa. – Aproximei-me o segurando pelo
colarinho. – E vou lhe avisar apenas uma vez. Da próxima vez que enviar fotos
ou telefonar para minha mulher o que meu cunhado lhe fez há alguns anos irá
parecer carícias. – Soltei-o.
– Não sei
o que pretendia com isso Jacob, mas vim aqui está noite apenas para te agradecer,
pois graças a sua incompetência pude me livrar de você e encontrar o homem que
verdadeiramente amo. – Contudo, parece que o infeliz não prezava pela própria
vida e a agarrou pelo braço.
– Sei que
no fundo veio até aqui por que não me esqueceu.
– Enxergue-se
Black e pare de fingir. Agora todos sabem quem você é. Um nada.
– Você
vai se arrepender.
– Quem
vai se arrepender é você. – Segurei seu braço e afastei-o de Isabella.
– Parece
que você não entendeu, então o farei entender.
Parti
para cima dele socando seu rosto, ele cambaleou, mas não caiu e veio para cima
de mim tentando me atingir, mas desviei. Voltei a atingi-lo e o soco dessa vez
pegou direto em seu nariz, pude ouvir o barulho e sabia que o havia quebrado.
Com o impacto ele foi ao chão rendido. Abaixei-me apenas para lhe dar um último
aviso.
– Espero
que dessa vez entenda, pois detestaria gastar meu tempo com semelhante escória
novamente. Não se aproxime da minha mulher de nenhuma maneira, até mesmo se um
dia encontrá-la por acaso na rua. Atravesse e desvie do caminho ou vai ficar
sem um osso inteiro desse belo rostinho para contar história.
Levantei-me
sem nenhum arranhão sob o olhar de todos. Procurei por Isabella que estava
encostada em uma parede com um copo na mão e naquele momento me perguntei
quantos ela já havia tomado. Segui em sua direção.
– Vamos
Isabella. – Ela sorriu e deu adeus para todos que riam de Jacob ali estendido
no chão.
– Não
acha que já bebeu demais? Dê-me esse copo.
– Não
bebi demais, tomei apenas dois copos enquanto vocês brigavam. – Sua fala estava
um pouquinho enrolada. Tomei-lhe o copo e deixei de lado caminhando com ela
para fora.
– Fique
aqui que vou buscar o carro.
– Eu vim
de carro.
– Você
não tem a menor condição de dirigir, amanhã dou um jeito de levá-lo. Não saia
daí que eu já volto. – Fui correndo buscar o carro. Quando voltei ela estava
ali, mas estava novamente com um copo na mão. Desci do carro e fui buscá-la
tirando o copo de sua mão novamente, porém já estava vazio.
– O que
tínhamos conversado? Sabe que é fraca para bebida.
–
Precisava comemorar. Nunca me senti tão leve. – Sorri com aquilo, mas ainda
estava preocupado.
– Não vai
dizer o mesmo pela manhã. Venha. – Coloquei-a no carro.
– Para
onde vamos?
– Para o
seu apartamento.
– Pensa
se aproveitar de mim? – Ela sorria.
– Não
costumo me aproveitar de mulheres embriagadas.
– Não
estou embriagada, talvez um pouco alegre demais.
– Quer
que me aproveite de você?
– Eu não
reclamaria.
– É uma
proposta tentadora, mas está alterada e não quero que se arrependa pela manhã.
– Seguimos o restante do caminho em silêncio e quando chegamos percebi que
dormia. Peguei-a nos braços e segui
para o prédio. Harry me abriu a porta sorrindo e dando-me passagem. Tomamos o
elevador até o seu andar, por sorte tinha a cópia da chave que ela havia me
dado. Abri a porta e entrei com ela seguindo para o quarto. Comecei a despi-la,
ela precisava de um banho e um bom café ou a ressaca de amanhã seria bem pior.
Em meio ao processo ela despertou.
– Sabia
que acabaria se aproveitando de mim.
– Não
estou. Apenas vou levá-la para o chuveiro ou amanhã não vai conseguir nem mesmo
ficar de pé. – Ela se abraçou a mim dificultando as coisas.
– Como
fica lindo de uniforme. Odiei todas aquelas mulheres que o olhavam com cobiça.
– Do que
está falando?
– Da
festa, acaso não percebeu.
– Em meio
a toda aquela briga foi à única coisa que viu? – Ela sorriu.
Terminei
de despi-la a levando para o chuveiro. Ela reclamava dizendo que queria ir para
cama. Coloquei-a no box ligando o chuveiro.
– Vai se
sentir melhor.
– Já
estou me sentindo. É como se flutuasse. Não acreditei quando o vi lá parado e
vestido assim. Sabe o que pensei. – Ela continuava com a voz arrastada.
– O que?
– Como
tenho sorte e quanto tempo perdi presa com meus medos. Eu não mereço você. Por
que não foi o primeiro homem que conheci?
– Eu
também gostaria de ter sido Isabella.
– Se
houvesse sido assim acho que eu nunca teria tido problemas.
– Não
estou te entendo. – Ela falava com dificuldade enquanto eu a banhava. Sei que
não era certo me aproveitar desse momento, mas talvez fosse minha única chance
de saber tudo que a atormentava.
– Que no
fim de tudo você foi, de certa forma, o meu primeiro homem. – O que ela estava
falando?
– O que
quer dizer?
– Você
foi o único com quem senti algo Edward.
– Está
falando do que Isabella, de sentimentos?
– Um
orgasmo Meu Capitão, foi você o primeiro homem que me fez sentir um naquela
mesma noite que nos conhecemos, quer dizer, que eu te conheci. – Ela sorria e
agitava as mãos sem parar e eu estava confuso com o que acabava de ouvir.
– Como
assim o primeiro, está me confundindo. – A essa altura já estava todo molhado
também. Ela se recostou nos azulejos olhando para mim.
–
Simples, antes de você nada, nem um pequenininho. Pensava que realmente era
frígida. – Agora começava a entender definitivamente toda essa história.
– Na época
que tudo aconteceu cheguei a ir a três especialistas e um psicólogo. O
diagnóstico era sempre o mesmo que eu era normal e que deveria conversar com
meu parceiro. Porém, ele nunca conversava e como eu podia não pensar que o
problema era mesmo comigo. Jacob era cobiçado em toda a faculdade e eu como
disse a ele era uma garota boba e ingênua. Depois ainda teve Mike e mais uma
vez comprovei que o problema era comigo. Foi então que surgiu você, Meu Capitão
e colocou todas as minhas teorias abaixo. – Não sabia o que dizer, então deixei
que continuasse.
– Foi
inacreditável para mim sentir tudo o que senti naquela noite, porém com os dias
me perguntava se acontecia o mesmo contigo, se eu lhe proporcionava o mesmo
prazer. Quando constatei que sim não sabia mais o que pensar. Por anos pensei
em tudo o que havia acontecido como certo. Então você chegou e destruiu tudo,
mas ainda sim não sabia lidar bem com toda essa situação.
– E agora
você sabe?
– Acho
que estou começando a saber.
Desliguei
o chuveiro pegando uma toalha para secá-la. Secava seus cabelos, então ela
começou a rir, pelo visto o efeito do álcool não terminaria tão cedo.
– Sabe o
que é realmente patético em toda essa história?
– O que?
– O único
que conseguia me proporcionar um orgasmo era ele. – Agora não estava entendendo
mais nada.
– Ele
quem Isabella, não acabou de me dizer que nunca sentiu orgasmo com homem
nenhum.
– Não é
um homem. Estou falando dele. – Ela apontou para o box. - O chuveirinho.
– Como é?
– Sim o
chuveirinho. Graças a sua decisão de não se aproximar de mim passei um ano
dependendo dele. Deveria estar muito brava com você Meu Capitão.
Agora eu
estava entendo sua reação naquela noite no navio quando perguntei a ela se o
chuveiro estava com defeito. Óbvio que não, ela havia arrancado e jogado no
lixo propositalmente. Como isso poderia ser. Uma mulher como Isabella recorrer
a isso e ainda por cima ser considerada frígida. Levei-a para cama e acariciei
seu rosto.
– Algo
posso te dizer com toda certeza, você jamais seria frígida Isabella. – Ela
sorriu.
– Vou te
fazer um café para que amanhã acorde bem.
– Não. –
Ela segurou firme em meu braço. – Antes me beije Meu Capitão.
Ela nem
mesmo esperou por minha resposta e agarrou-me tomando meus lábios nos seus.
Senti suas mãos que tentavam abrir o casaco do meu uniforme. Com muita
dificuldade a parei. Deus sabe como foi difícil, pois a saudade que tinha dela
era imensa, mas a queria totalmente lúcida.
– Não
Isabella, você não está em seu estado normal. Deixe-me cuidar de você. –
Deixei-a na cama com um semblante insatisfeito e me afastei para fazer o seu
café.
Quando
retornei com a xícara na mão ela já estava dormindo. Deixei a xícara sobre a
cômoda e fiquei ali velando seu sono. Pensando em tudo que havia acontecido
naquela noite e no que ela havia me falado em um instalo tudo ficou claro em
minha mente. Dei-lhe um beijo e a cobri seguindo rumo à saída. Era chegada a
hora.
Já estava
próximo ao carro que havia deixado em frente ao seu prédio quando peguei o
celular e disquei o número já conhecido. Ele atendeu na sétima chamada com voz
sonolenta.
–
Demitri. “Homem ao mar!” – Essa era a hora.
Ainda não descobrimos o que o Edward está aprontando mas pelo que parece a surpresa vai ser ótima! Sábado que vem tem mais capitulo pra vocês!
1 Comentários:
muito bom agora ele sabe de tudo....ja que não teve ontem podia postar 2 capitulos o que acha?diz que sim por favor....
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