Boa tarde pessoal!
Estava cansada ontem.. mil desculpas.
Vamos dar uma olhada em como o nosso Capitão ficou depois que a Bella descobriu a verdade!
AVISO: o capitulo a seguir contém lemons, se continuar lendo tenha consciência disso.
Capitulo 17
POV Capitão
Um dia que se inicia em um completo caos e desespero pode se transformar no
melhor da sua vida.
Ao vê-la sair por aquela porta não pude conter as lágrimas, o sentimento
doloroso de que ela poderia estar indo e nunca mais voltar. Senti o corpo
pesar
e atirei-me na cama me sentindo um completo estúpido, por minha culpa tudo isso
aconteceu.
Mencionei tantas vezes os medos dela, mas na verdade foram os meus que
ocasionaram tudo isso. Contudo, algo me magoou profundamente. Depois de tudo
que havíamos passado juntos dizer que eu poderia ter um amor em cada porto,
como se ela realmente acreditasse que era isso que iria acontecer cedo ou
tarde.
E então outro dos meus medos surgiu. O medo pelo qual evitei me aproximar
dela antes dessa viagem, de que ela como as outras fosse embora pela minha
profissão.
Como já havia dito, antes jamais me importou, mas com Isabella não aguentaria.
E o pior de tudo é que agora teria que me vestir e ir
trabalhar,
quando tudo que queria era ficar aqui estirado nessa cama. Acho que agora podia
entender Demitri melhor, o fato dele jamais querer se apaixonar, o que estava
sentindo nesse momento não desejaria para ninguém.
Uma dor absurda e uma tristeza que me tomava por inteiro impedindo-me de
raciocinar. É assustador o que sinto por essa mulher, sinto como se não pudesse
dar mais nem um passo adiante sem tê-la por perto, sem ver seu sorriso, sentir
seu cheiro. Devia parar de chorar, mas não conseguia.
Sentir seus lábios daquela forma desesperada, como se fosse à última vez,
queria poder amarrá-la junto a mim e ter a certeza que ela jamais iria se
afastar. Cada passo que a vi dar naquele corredor afastando-se de mim era uma
pontada que sentia em meu peito.
Nesse momento o único que queria fazer era correr atrás dela e implorar se
fosse necessário para que ficasse comigo. Deus como podia ser tão fraco, tão
dependente dela. Fazia apenas alguns minutos que ela se foi e eu já não tinha
forças para mais nada.
Estava definitivamente perdido por essa mulher e não sei o que faria se não
voltasse. Completamente autômato levantei e me vesti. Da mesma forma segui
pelos corredores e entrei no elevador seguindo para a cabine de comando.
Assim que cheguei encontrei Demitri, que estava concentrado e olhou-me
rapidamente.
– A noite deve ter sido boa Capitão, chegando atrasado mais uma vez. Pensei
em ir te avisar a noite que havia encontrado sua mulher perdida, mas como nas
câmeras a vi entrando em seu quarto achei que você mesmo encontraria.
Não respondi, com certeza estranhando ele largou o que estava fazendo e me
encarou.
– Que cara é essa? O que houve? A noite não foi boa afinal?
– A noite foi maravilhosa meu amigo, mas a manhã um desastre.
– Posso ver. O que aconteceu?
– Como te disse a noite foi perfeita, porém pela manhã estava no banho e ela
ainda dormia. Quando terminei e segui para o quarto ouvi uma voz familiar,
então me dei conta que era Emmett me deixando um recado na caixa postal.
Isabella estava paralisada.
– Ela descobriu tudo da pior forma. Você não ia contar tudo ontem?
– Sim, mas com tudo o que aconteceu não foi possível. Pretendia fazer isso
hoje, mas infelizmente os acontecimentos se adiantaram e foi um verdadeiro
desastre.
– Mas você não explicou tudo para ela?
– Sim, eu tentei, mas acho que ela ficou muito confusa, talvez decepcionada.
– Ela se sentiu enganada.
– Creio que sim. No início ela pensou se tratar de alguma armação, pois
percebeu que eu conhecia sua amiga, mas pelo menos disso acho que a convenci.
– E o que ela disse?
– Que precisava de um tempo, aparentemente ela acha impossível ser verdade o
que lhe contei. Eu sabia que ela me acharia um louco.
– E como você está?
– Sinceramente, destroçado. Acho que você tem razão em não se apaixonar, não
sei o que vou fazer se ela não voltar.
– Não fale assim Edward, eu sou um vagabundo e isso se aplica a mim, mas no
fundo eu sou é um covarde. – Olhei para ele surpreso.
– É isso mesmo, tenho medo de depender de alguém, medo de me machucar e não
conseguir lidar com isso. Você sempre foi mais forte, pois não tem medo dos
seus sentimentos. Então não fale essa besteira e quanto a Bella, ela te ama dá
para ver isso. Pelo que pude notar de tudo que me falou ela apenas ficou
confusa e isso é até normal, mas tenho certeza que ela virá te procurar.
– Queria ter a sua certeza. Eu não sei o que esperar.
– Bem, não adianta você ficar se martirizando. O que resta agora é esperar e
o melhor a fazer é trabalhar para se distrair.
– Vou tentar fazer isso.
– Vamos meu amigo lembra-se do nosso lema?
– Navegar é preciso.
– Sempre.
Zarpamos em direção à Santorini, nossa próxima parada. Tentei ao máximo me
concentrar no trabalho, mas era impossível tirar Isabella da mente ainda que
fosse por apenas um segundo.
Já havia passado o horário do almoço, eu não consegui comer nada. Estava
tentando concentrar-me novamente no trabalho quando a vi. Estava distante, mas
ainda sim sabia que era ela, a reconheceria de qualquer maneira. Estava na proa
e mirava o horizonte, seus lindos cabelos balançavam com a brisa e mais uma vez
ela tinha o poder de me deixar enfeitiçado.
Vi ao longe alguém se aproximar dela, não conseguia identificar muito bem,
mas parecia se tratar da louca que havia me agarrado, não conseguia lembrar do
seu nome. Elas conversaram um pouco e logo a maluca saiu dali.
Era só o que me faltava que aquela criatura colocasse mais bobagens na
cabeça de Isabella, realmente a sorte havia me abandonado. Bella ainda ficou
por mais alguns minutos ali e depois se foi.
Era tão engraçado apenas por vê-la ainda que à distância já conseguia me
sentir em paz e quando ela partia todo o desespero regressava. O que ela teria
ido fazer ali? Será que estava recordando nossos momentos. Nossos momentos
loucos e intensos, nossas palavras e beijos, nosso amor.
Cada momento estava gravado em mim, cada minuto ao seu lado. Como doía ficar
longe dela. Eu já não era mais dono de mim, nem de minhas vontades. Ela ficou
com tudo.
******************************************
A noite chegou e com ela minha melancolia. Disse a Demitri que ficaria no
turno da noite, não poderia voltar ao quarto e sentir seu cheiro em cada canto,
tão pouco conseguiria dormir sem ouvir o som da sua respiração, sem ter seu
corpo acomodado junto ao meu.
Decidi ligar para Emmett.
– Ed! Conseguiu um intervalo para ligar? – Hoje não conseguiria rir das
piadas do meu irmão.
– Oi Em. Como está?
– Estou bem e você?
– Indo.
– Indo? Quando você fala assim é porque a coisa não está nada bem. O que
aconteceu? Vocês brigaram?
– Não exatamente. Na verdade estava tudo bem, mas ela ouviu o seu recado
pela manhã e...
– Você ainda não havia dito nada.
– Não.
– Ed me desculpa, realmente sinto muito.
– Não precisa se desculpar Em, afinal a culpa não é sua se eu demorei demais
para dizer tudo ela.
– Ainda sim me sinto culpado. Mas o que houve? Como Bella reagiu?
– Não muito bem, no início acho que ela pensou que fosse uma armação das
amigas.
– Rose e Alice?
– Sim, mas acho que a convenci do contrário, porém ela ficou muito confusa e
me disse que precisava de um tempo.
– E você não está nada bem não é meu irmão?
– Não. Eu a amo e não sei o que fazer.
– Queria poder te ajudar.
– Obrigada Emmett, mas o único que posso fazer agora é esperar e torcer para
que ela volte.
– Eu sei o que quer dizer, hoje consigo te entender perfeitamente, pois se
perdesse Rose morreria. Por isso sei o que está sentindo.
– Essa é a sensação meu irmão.
– Mas o que você acha?
– Não sei o que pensar. Nós estávamos bem, muito bem na verdade. O que
vivemos nestes dias foi algo muito intenso e verdadeiro, e sei que ela sentiu o
mesmo. Porém, sei que Bella tem os seus medos. Ela colocou na cabeça, não sei
por que, que fiz tudo o que fiz porque sinto pena dela. Você não sabe nada
sobre isso?
– Sei que algo aconteceu com Bella, mas esse tema é meio que um tabu. Rose
não fala sobre isso. Uma vez até lhe perguntei, mas ela me disse que Bella não
gostava de tocar nesse assunto.
– Ela mencionou algo, mas muito superficialmente. Pude perceber que é muito
difícil para ela falar sobre isso. Queria ajudá-la, tirar esse sofrimento dela.
– Estou torcendo por vocês Ed e se tiver algo em que eu possa ajudar é só
dizer.
– Obrigada Em, sei que posso contar contigo.
– Se cuida meu irmão.
– Você também.
Minha noite se passou arrastada, parecia que os minutos não passavam.
Imaginava a todo o momento como estaria Isabella, o que estaria fazendo, se
estava tão angustiada como eu sentindo sua falta.
Hoje conseguia entender as tantas conversas com Sr. Carlisle. Ele me dizia sabiamente
o quanto a mulher que você ama afetava sua vida, que no início parecia
assustador, mas depois se tornava tão natural que seria impossível viver sem.
Era exatamente o que eu sentia, apesar dos poucos dias Isabella me afetava
inteiramente, tanto que sua ausência me causava uma dor física. Porém, o que
são os dias, Sr. Carlisle e Dona Esme, se conheceram, namoraram e casaram em
quatro meses.
Lembro de outra conversa que tivemos, eu deveria ter uns quinze anos e
perguntei a ele como se sabia que uma mulher era a mulher de sua vida. Meu pai
respondeu: “
Edward, é muito fácil. Quando você olha nos olhos dela sente
que tudo está completo e que nada mais é necessário. Você não vê mais graça em
nenhuma outra, pois não tem o mesmo cabelo, a cor dos olhos, a mesma boca. Não
é ela.”
Perguntei a ele se foi isso que sentiu quando viu a mamãe e ele me disse
simplesmente. “
Ainda sinto meu filho.” E isso sempre ficou em minha
mente, mas jamais havia sentido até conhecer Isabella, a certeza de que ela é a
mulher que vou amar por toda minha vida.
*********************************
Atracamos em Santorini por volta das onze da manhã. Estava cansado e não
havia comido nada, porém não tinha fome. Demitri chegou logo em seguida.
– Você está um lixo Capitão Cullen!
– Obrigado.
– Estou falando sério, vá descansar e coma alguma coisa.
– Está parecendo minha mãe.
– Eu me preocupo com você seu ingrato.
– Eu sei Demitri obrigado. Eu vou tentar fazer o que me disse, mas tenho que
espairecer um pouco.
– Já imagino para onde vai.
– Você sabe mesmo, gosto muito daquele lugar e preciso de um pouco de tranquilidade.
– Vai mesmo. Por aqui está tudo sob controle.
Segui para o meu quarto sempre com esperança de encontrá-la pelo caminho ou
esperando que quando abrisse a porta ela estivesse ali, mas nada disso
aconteceu. Tomei uma ducha e tentei comer um sanduiche que Sue havia mandado
trazer, coisa de Demitri com certeza.
Separei uma roupa fresca e confortável e segui rumo ao convés. No porto
aluguei uma skooter e segui rumo a Red Beach, a conhecida praia vermelha. Era a
mais afastada e por isso a mais deserta de todas, também tinha uma vista
belíssima, além de que parte do caminho para chegar até ela teria que ser feito
a pé.
Segui o caminho há muito conhecido, já deveria ser a quarta vez que estava
ali. Poderia ter um pouco de paz para curtir a minha tristeza, um tanto
melancólico eu sei, para não dizer patético, mas era assim que me sentia.
Fui de moto até as proximidades da praia, dali em diante teria que seguir a
pé. Do alto do morro a visão do horizonte era maravilhosa. Comecei a descer a
trilha que me levaria até a praia e por lá ficaria por não sei quanto tempo,
havia trazido apenas uma manta, sanduiches e água. Minha intenção
definitivamente era me esconder por algumas horas.
Ainda que a imagem de Isabella não se afastasse do meu pensamento nem por um
minuto. Depois de meia hora de descida podia contemplar a areia preta resultado
de uma ilha vulcânica e uma das mais belas vistas do mar. Sentei-me ali e era
apenas isso o que queria. Contemplar o mar ouvindo apenas os sons das ondas e
naquele horário não havia mais ninguém ali, ou seja, poderia encontrar a paz que
almejava.
*********************************
Depois de algumas horas ali pude perceber o óbvio, não poderia encontrar
paz, havia ficado com ela. Doce ilusão pensar que conseguiria sentir-me melhor
naquele lugar. Em outros momentos admito que funcionou, mas hoje apenas onde
ela estivesse estaria minha paz, meu alento. Entrego os pontos e desisto.
Estava tão absorto em meus pensamentos que nem ao menos percebi a
aproximação de alguém, mas seu perfume misturado com a brisa do mar era
inconfundível.
– Marujo se apresentando Capitão.
Virei em sua direção, assustado confesso, não esperava vê-la ali.
Simplesmente não consegui responder nada, apenas olhava para ela ainda
duvidando do que via.
– Não vai dizer nada? – Continuei da mesma maneira. – Está certo. Eu sei que
fui errada, uma burra estúpida. Se eu te magoei peço perdão, eu juro que não
queria. Apenas não consegui lidar muito bem com tudo o que me disse.
Ela começou a falar, podia ver que estava nervosa. Levantei-me e continuei a
olhar para ela calado.
– E se você não puder me perdoar eu vou entender. Afinal eu sou Isabella
Swan e constantemente faço as coisas erradas. Mas eu te amo Edward e apenas
percebi que não posso mais ficar sem você. Óbvio que talvez você já tenha se
dado conta do problema que sou, meus complexos e meus medos, e tudo que posso
prometer é que tentarei superá-los, mas não posso garantir que eles não voltem.
Ela continuava a falar sem parar, mal sabia que bastava ter me dito um “oi”
e já me teria aos seus pés ou simplesmente que me estendesse mão sem precisar
de palavras. Isabella não conseguia ver que me tinha nas mãos. Vergonhoso eu
sei, mas ela tinha minha vida sob seu belo prazer e nem ao menos percebia.
– Bem, talvez você não queira lidar com isso e...
Não podia mais me controlar, precisava tê-la em meus braços. Apenas um dia
sem ela e já parecia um louco desesperado ansiando por seu toque, por seu
beijo. Não era mais possível me segurar, agarrei sua cintura a puxando para
mim.
– Cala a boca Isabella.
Tomei seus
lábios sentindo a textura, o gosto que eu tanto amava.
Palavras nesse momento eram dispensáveis. Ela se agarrou a mim parecendo tão
desejosa quanto eu, como se a dependência um do outro fosse mútua e
insuportável. Deitei-a sobre a manta com cuidado acariciando seu lindo rosto.
– Não me importam os seus medos, seja o que for não fugirei Isabella. Agora
de uma coisa esteja muito ciente, você não vai mais fugir de mim, não irei
permitir. Nunca mais vai se livrar de mim e se por um acaso isso te passar pela
mente, desista. Por que sou capaz de prender você até convencê-la do contrário.
E nunca mais repita que posso ter um amor em cada porto. Para mim existe apenas
uma. Apenas você Isabella.
– Eu te amo Edward.
– Eu sei, agora eu sei.
– Não irá me castiga diante de tamanha insubordinação Meu Capitão? – Sorri.
– Poderia Marujo, mas deixaremos para mais tarde. Sou um completo fraco
perto de você e o único que quero neste momento é matar a saudade que senti.
Por que demorou tanto?
– Perdão.
– Te perdoo se prometer que ficará comigo. Será minha namorada.
– Namorada?
– Sim e mais, amante, amiga. O que me diz? – Ela hesitou por um momento, mas
logo pareceu empurrar seus medos para longe.
– Eu aceito.
– Espero que saiba o que diz, pois terá que me aturar minha Deusa adorando-a
pelo resto da sua vida.
– Acho que posso suportar.
– Terá e vou começar agora.
Beijei-a novamente sentindo seu corpo se moldar ao meu. Quando o
ar já nos faltava desci por seu pescoço sentindo seu perfume e lentamente fui
despindo-a, apreciando a maciez de sua pele e sentindo seu corpo arrepiar a
cada toque meu.
Queria senti-la por inteiro, cada mínimo pedaço seu. Admirei seu corpo nu
deitado sobre a manta e seu rosto ruborizando com meu olhar. Sorri e toquei sua
bochecha.
– Você é tão linda Isabella! Eu amo você.
– Eu também te amo.
Livrei-me também das minhas roupas. Ela não podia conter as lágrimas, nem
mesmo eu. Nossos corpos unidos mais uma vez e mais do que isso, nossas almas,
nos amamos sem jamais afastar o olhar um do outro. Podia sentir a intensidade
no brilho dos seus olhos que me diziam o quanto me amavam e que naquele momento
se entregava plenamente a mim assim como eu me entregava para ela.
Isabella era minha vida e com ela superaria todos os medos, os meus, os
dela. Juntos seguiríamos sempre, pois ela talvez ainda não soubesse, mas era a
mulher que eu amaria por toda minha vida.
*************************************
Já havia anoitecido. Por sorte os sanduiches de Sue e o vinho que Bella
trouxe nos manteve alimentados e aquecidos. Bella estava
aconchegada em meus braços, havia feito uma fogueira e agora
ela olhava o céu estrelado, mas eu apenas conseguia olhar para ela.
– O que te fez vir até aqui? Não que eu esteja reclamando. Quero dizer, o
que te fez ter certeza?
– Creio que, depois de passada a confusão em minha mente, apenas percebi que
já sabia e segui meu coração. Bem, também confesso que uma conversa com meu
irmão foi de grande ajuda. Ele é o único que às vezes consegue me despertar.
– Então devo agradecê-lo também.
– E ao Demitri que me ensinou como chegar até aqui.
– Com certeza a ele também.
– E por falar nisso você realmente gosta de se esconder não é, ou isso foi
um pequeno castigo.
– Preciso ser um pouco difícil. – Fiz charme e ela riu.
– E conseguiu, perdi as contas de quantos morros subi e a toda hora parando
para me certificar que estava no caminho certo. Quando penso que estou perto a
estrada acaba e tenho que andar um bom pedaço até encontrar a trilha para
descer até aqui.
– Mas foi recompensador não foi. – Ela bateu no meu braço revoltada.
– Como você é convencido. – Rimos os dois.
– Sou mesmo, tenho você, só posso ser convencido.
– Você deveria ser proibido de fazer essas coisas.
– O que?
– Me fascinar desse jeito.
– Eu te fascino?
– Desde o primeiro momento.
– Posso dizer o mesmo.
– Ainda me custa acreditar nisso. Realmente por dois anos você pensou em
mim?
– Todos os dias. – Ela balançava a cabeça incrédula.
– Eu já disse Isabella, você não se vê claramente.
– Ou será você que tem a visão um pouco turva.
– Você não tem jeito não é. - A puxei para meu colo deixando-a de frente
para mim.
– Não importa quantas vezes tenha que repetir, mas vou continuar até te
convencer. Você é fascinante Isabella Swan e eu sou completamente apaixonado
por você.
Ela desviou seu olhar e me abraçou.
– Jamais vou me convencer de que você existe.
Ficamos ali em silêncio apenas ouvindo o barulho das ondas e as chamas que
crepitavam ao nosso redor. De repente ela começou a rir.
– O que foi?
– Estava me lembrando de algo. Tem uma pessoa muito furiosa com você.
– Quem?
– Lauren.
– Quem!?
– A louca que se pendurou em seu pescoço.
– Nem mesmo sabia como se chamava.
– O que fez a ela? Ela estava cuspindo fogo. – Ri.
– Digamos que não me orgulho muito do meu ato, mas ela mereceu. Bem, quando
percebi o que ela estava fazendo e vi você simplesmente a soltei e ela caiu de
bunda no chão, e eu a deixei ali.
Olhamos um para o outro e foi impossível não começar a rir.
– Mas devo dizer Edward cair no truque do desmaio, esse é bem velho.
– Certo minha culpa, mas como sabe? Por acaso já testou?
– Não, mas já vi e o pior é que também funcionou.
– Quem?
– Alice, quem mais.
– Ela parece muito divertida.
– E é. Também uma completa louca e muitas vezes assustadora.
– Por que diz isso?
– Vai saber se a conhecer.
– Eu vou conhecê-la, não somente ela como toda a sua família. É minha
namorada agora esqueceu, ou já está dando para trás? – Ela me olhou assustada.
– Não, porém receio que sua experiência será um tanto interessante,
principalmente com o Chefe Swan.
– Eu enfrento sem problemas, afinal sou um Capitão.
– O Meu Capitão.
Beijei-a novamente e a acomodei melhor em meu peito sentido o aroma de seus
cabelos e o calor do corpo da minha Deusa. Se existia felicidade maior do que
aquela que estava sentindo não saberia dizer. Como diria meu pai e com toda
razão, no olhar de Isabella eu estava completo.
Não sei vocês mas eu quero em Capitão desses pra mim! Sábado que vem tem mais capitulo pra vocês!
Capitulo 17
POV Capitão
Um dia que se inicia em um completo caos e desespero pode se transformar no
melhor da sua vida.
Ao vê-la sair por aquela porta não pude conter as lágrimas, o sentimento
doloroso de que ela poderia estar indo e nunca mais voltar. Senti o corpo
pesar
e atirei-me na cama me sentindo um completo estúpido, por minha culpa tudo isso
aconteceu.
Mencionei tantas vezes os medos dela, mas na verdade foram os meus que
ocasionaram tudo isso. Contudo, algo me magoou profundamente. Depois de tudo
que havíamos passado juntos dizer que eu poderia ter um amor em cada porto,
como se ela realmente acreditasse que era isso que iria acontecer cedo ou
tarde.
E então outro dos meus medos surgiu. O medo pelo qual evitei me aproximar
dela antes dessa viagem, de que ela como as outras fosse embora pela minha
profissão.
Como já havia dito, antes jamais me importou, mas com Isabella não aguentaria.
E o pior de tudo é que agora teria que me vestir e ir
trabalhar,
quando tudo que queria era ficar aqui estirado nessa cama. Acho que agora podia
entender Demitri melhor, o fato dele jamais querer se apaixonar, o que estava
sentindo nesse momento não desejaria para ninguém.
Uma dor absurda e uma tristeza que me tomava por inteiro impedindo-me de
raciocinar. É assustador o que sinto por essa mulher, sinto como se não pudesse
dar mais nem um passo adiante sem tê-la por perto, sem ver seu sorriso, sentir
seu cheiro. Devia parar de chorar, mas não conseguia.
Sentir seus lábios daquela forma desesperada, como se fosse à última vez,
queria poder amarrá-la junto a mim e ter a certeza que ela jamais iria se
afastar. Cada passo que a vi dar naquele corredor afastando-se de mim era uma
pontada que sentia em meu peito.
Nesse momento o único que queria fazer era correr atrás dela e implorar se
fosse necessário para que ficasse comigo. Deus como podia ser tão fraco, tão
dependente dela. Fazia apenas alguns minutos que ela se foi e eu já não tinha
forças para mais nada.
Estava definitivamente perdido por essa mulher e não sei o que faria se não
voltasse. Completamente autômato levantei e me vesti. Da mesma forma segui
pelos corredores e entrei no elevador seguindo para a cabine de comando.
Assim que cheguei encontrei Demitri, que estava concentrado e olhou-me
rapidamente.
– A noite deve ter sido boa Capitão, chegando atrasado mais uma vez. Pensei
em ir te avisar a noite que havia encontrado sua mulher perdida, mas como nas
câmeras a vi entrando em seu quarto achei que você mesmo encontraria.
Não respondi, com certeza estranhando ele largou o que estava fazendo e me
encarou.
– Que cara é essa? O que houve? A noite não foi boa afinal?
– A noite foi maravilhosa meu amigo, mas a manhã um desastre.
– Posso ver. O que aconteceu?
– Como te disse a noite foi perfeita, porém pela manhã estava no banho e ela
ainda dormia. Quando terminei e segui para o quarto ouvi uma voz familiar,
então me dei conta que era Emmett me deixando um recado na caixa postal.
Isabella estava paralisada.
– Ela descobriu tudo da pior forma. Você não ia contar tudo ontem?
– Sim, mas com tudo o que aconteceu não foi possível. Pretendia fazer isso
hoje, mas infelizmente os acontecimentos se adiantaram e foi um verdadeiro
desastre.
– Mas você não explicou tudo para ela?
– Sim, eu tentei, mas acho que ela ficou muito confusa, talvez decepcionada.
– Ela se sentiu enganada.
– Creio que sim. No início ela pensou se tratar de alguma armação, pois
percebeu que eu conhecia sua amiga, mas pelo menos disso acho que a convenci.
– E o que ela disse?
– Que precisava de um tempo, aparentemente ela acha impossível ser verdade o
que lhe contei. Eu sabia que ela me acharia um louco.
– E como você está?
– Sinceramente, destroçado. Acho que você tem razão em não se apaixonar, não
sei o que vou fazer se ela não voltar.
– Não fale assim Edward, eu sou um vagabundo e isso se aplica a mim, mas no
fundo eu sou é um covarde. – Olhei para ele surpreso.
– É isso mesmo, tenho medo de depender de alguém, medo de me machucar e não
conseguir lidar com isso. Você sempre foi mais forte, pois não tem medo dos
seus sentimentos. Então não fale essa besteira e quanto a Bella, ela te ama dá
para ver isso. Pelo que pude notar de tudo que me falou ela apenas ficou
confusa e isso é até normal, mas tenho certeza que ela virá te procurar.
– Queria ter a sua certeza. Eu não sei o que esperar.
– Bem, não adianta você ficar se martirizando. O que resta agora é esperar e
o melhor a fazer é trabalhar para se distrair.
– Vou tentar fazer isso.
– Vamos meu amigo lembra-se do nosso lema?
– Navegar é preciso.
– Sempre.
Zarpamos em direção à Santorini, nossa próxima parada. Tentei ao máximo me
concentrar no trabalho, mas era impossível tirar Isabella da mente ainda que
fosse por apenas um segundo.
Já havia passado o horário do almoço, eu não consegui comer nada. Estava
tentando concentrar-me novamente no trabalho quando a vi. Estava distante, mas
ainda sim sabia que era ela, a reconheceria de qualquer maneira. Estava na proa
e mirava o horizonte, seus lindos cabelos balançavam com a brisa e mais uma vez
ela tinha o poder de me deixar enfeitiçado.
Vi ao longe alguém se aproximar dela, não conseguia identificar muito bem,
mas parecia se tratar da louca que havia me agarrado, não conseguia lembrar do
seu nome. Elas conversaram um pouco e logo a maluca saiu dali.
Era só o que me faltava que aquela criatura colocasse mais bobagens na
cabeça de Isabella, realmente a sorte havia me abandonado. Bella ainda ficou
por mais alguns minutos ali e depois se foi.
Era tão engraçado apenas por vê-la ainda que à distância já conseguia me
sentir em paz e quando ela partia todo o desespero regressava. O que ela teria
ido fazer ali? Será que estava recordando nossos momentos. Nossos momentos
loucos e intensos, nossas palavras e beijos, nosso amor.
Cada momento estava gravado em mim, cada minuto ao seu lado. Como doía ficar
longe dela. Eu já não era mais dono de mim, nem de minhas vontades. Ela ficou
com tudo.
******************************************
A noite chegou e com ela minha melancolia. Disse a Demitri que ficaria no
turno da noite, não poderia voltar ao quarto e sentir seu cheiro em cada canto,
tão pouco conseguiria dormir sem ouvir o som da sua respiração, sem ter seu
corpo acomodado junto ao meu.
Decidi ligar para Emmett.
– Ed! Conseguiu um intervalo para ligar? – Hoje não conseguiria rir das
piadas do meu irmão.
– Oi Em. Como está?
– Estou bem e você?
– Indo.
– Indo? Quando você fala assim é porque a coisa não está nada bem. O que
aconteceu? Vocês brigaram?
– Não exatamente. Na verdade estava tudo bem, mas ela ouviu o seu recado
pela manhã e...
– Você ainda não havia dito nada.
– Não.
– Ed me desculpa, realmente sinto muito.
– Não precisa se desculpar Em, afinal a culpa não é sua se eu demorei demais
para dizer tudo ela.
– Ainda sim me sinto culpado. Mas o que houve? Como Bella reagiu?
– Não muito bem, no início acho que ela pensou que fosse uma armação das
amigas.
– Rose e Alice?
– Sim, mas acho que a convenci do contrário, porém ela ficou muito confusa e
me disse que precisava de um tempo.
– E você não está nada bem não é meu irmão?
– Não. Eu a amo e não sei o que fazer.
– Queria poder te ajudar.
– Obrigada Emmett, mas o único que posso fazer agora é esperar e torcer para
que ela volte.
– Eu sei o que quer dizer, hoje consigo te entender perfeitamente, pois se
perdesse Rose morreria. Por isso sei o que está sentindo.
– Essa é a sensação meu irmão.
– Mas o que você acha?
– Não sei o que pensar. Nós estávamos bem, muito bem na verdade. O que
vivemos nestes dias foi algo muito intenso e verdadeiro, e sei que ela sentiu o
mesmo. Porém, sei que Bella tem os seus medos. Ela colocou na cabeça, não sei
por que, que fiz tudo o que fiz porque sinto pena dela. Você não sabe nada
sobre isso?
– Sei que algo aconteceu com Bella, mas esse tema é meio que um tabu. Rose
não fala sobre isso. Uma vez até lhe perguntei, mas ela me disse que Bella não
gostava de tocar nesse assunto.
– Ela mencionou algo, mas muito superficialmente. Pude perceber que é muito
difícil para ela falar sobre isso. Queria ajudá-la, tirar esse sofrimento dela.
– Estou torcendo por vocês Ed e se tiver algo em que eu possa ajudar é só
dizer.
– Obrigada Em, sei que posso contar contigo.
– Se cuida meu irmão.
– Você também.
Minha noite se passou arrastada, parecia que os minutos não passavam.
Imaginava a todo o momento como estaria Isabella, o que estaria fazendo, se
estava tão angustiada como eu sentindo sua falta.
Hoje conseguia entender as tantas conversas com Sr. Carlisle. Ele me dizia sabiamente
o quanto a mulher que você ama afetava sua vida, que no início parecia
assustador, mas depois se tornava tão natural que seria impossível viver sem.
Era exatamente o que eu sentia, apesar dos poucos dias Isabella me afetava
inteiramente, tanto que sua ausência me causava uma dor física. Porém, o que
são os dias, Sr. Carlisle e Dona Esme, se conheceram, namoraram e casaram em
quatro meses.
Lembro de outra conversa que tivemos, eu deveria ter uns quinze anos e
perguntei a ele como se sabia que uma mulher era a mulher de sua vida. Meu pai
respondeu: “
Edward, é muito fácil. Quando você olha nos olhos dela sente
que tudo está completo e que nada mais é necessário. Você não vê mais graça em
nenhuma outra, pois não tem o mesmo cabelo, a cor dos olhos, a mesma boca. Não
é ela.”
Perguntei a ele se foi isso que sentiu quando viu a mamãe e ele me disse
simplesmente. “
Ainda sinto meu filho.” E isso sempre ficou em minha
mente, mas jamais havia sentido até conhecer Isabella, a certeza de que ela é a
mulher que vou amar por toda minha vida.
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Atracamos em Santorini por volta das onze da manhã. Estava cansado e não
havia comido nada, porém não tinha fome. Demitri chegou logo em seguida.
– Você está um lixo Capitão Cullen!
– Obrigado.
– Estou falando sério, vá descansar e coma alguma coisa.
– Está parecendo minha mãe.
– Eu me preocupo com você seu ingrato.
– Eu sei Demitri obrigado. Eu vou tentar fazer o que me disse, mas tenho que
espairecer um pouco.
– Já imagino para onde vai.
– Você sabe mesmo, gosto muito daquele lugar e preciso de um pouco de tranquilidade.
– Vai mesmo. Por aqui está tudo sob controle.
Segui para o meu quarto sempre com esperança de encontrá-la pelo caminho ou
esperando que quando abrisse a porta ela estivesse ali, mas nada disso
aconteceu. Tomei uma ducha e tentei comer um sanduiche que Sue havia mandado
trazer, coisa de Demitri com certeza.
Separei uma roupa fresca e confortável e segui rumo ao convés. No porto
aluguei uma skooter e segui rumo a Red Beach, a conhecida praia vermelha. Era a
mais afastada e por isso a mais deserta de todas, também tinha uma vista
belíssima, além de que parte do caminho para chegar até ela teria que ser feito
a pé.
Segui o caminho há muito conhecido, já deveria ser a quarta vez que estava
ali. Poderia ter um pouco de paz para curtir a minha tristeza, um tanto
melancólico eu sei, para não dizer patético, mas era assim que me sentia.
Fui de moto até as proximidades da praia, dali em diante teria que seguir a
pé. Do alto do morro a visão do horizonte era maravilhosa. Comecei a descer a
trilha que me levaria até a praia e por lá ficaria por não sei quanto tempo,
havia trazido apenas uma manta, sanduiches e água. Minha intenção
definitivamente era me esconder por algumas horas.
Ainda que a imagem de Isabella não se afastasse do meu pensamento nem por um
minuto. Depois de meia hora de descida podia contemplar a areia preta resultado
de uma ilha vulcânica e uma das mais belas vistas do mar. Sentei-me ali e era
apenas isso o que queria. Contemplar o mar ouvindo apenas os sons das ondas e
naquele horário não havia mais ninguém ali, ou seja, poderia encontrar a paz que
almejava.
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Depois de algumas horas ali pude perceber o óbvio, não poderia encontrar
paz, havia ficado com ela. Doce ilusão pensar que conseguiria sentir-me melhor
naquele lugar. Em outros momentos admito que funcionou, mas hoje apenas onde
ela estivesse estaria minha paz, meu alento. Entrego os pontos e desisto.
Estava tão absorto em meus pensamentos que nem ao menos percebi a
aproximação de alguém, mas seu perfume misturado com a brisa do mar era
inconfundível.
– Marujo se apresentando Capitão.
Virei em sua direção, assustado confesso, não esperava vê-la ali.
Simplesmente não consegui responder nada, apenas olhava para ela ainda
duvidando do que via.
– Não vai dizer nada? – Continuei da mesma maneira. – Está certo. Eu sei que
fui errada, uma burra estúpida. Se eu te magoei peço perdão, eu juro que não
queria. Apenas não consegui lidar muito bem com tudo o que me disse.
Ela começou a falar, podia ver que estava nervosa. Levantei-me e continuei a
olhar para ela calado.
– E se você não puder me perdoar eu vou entender. Afinal eu sou Isabella
Swan e constantemente faço as coisas erradas. Mas eu te amo Edward e apenas
percebi que não posso mais ficar sem você. Óbvio que talvez você já tenha se
dado conta do problema que sou, meus complexos e meus medos, e tudo que posso
prometer é que tentarei superá-los, mas não posso garantir que eles não voltem.
Ela continuava a falar sem parar, mal sabia que bastava ter me dito um “oi”
e já me teria aos seus pés ou simplesmente que me estendesse mão sem precisar
de palavras. Isabella não conseguia ver que me tinha nas mãos. Vergonhoso eu
sei, mas ela tinha minha vida sob seu belo prazer e nem ao menos percebia.
– Bem, talvez você não queira lidar com isso e...
Não podia mais me controlar, precisava tê-la em meus braços. Apenas um dia
sem ela e já parecia um louco desesperado ansiando por seu toque, por seu
beijo. Não era mais possível me segurar, agarrei sua cintura a puxando para
mim.
– Cala a boca Isabella.
Tomei seus
lábios sentindo a textura, o gosto que eu tanto amava.
Palavras nesse momento eram dispensáveis. Ela se agarrou a mim parecendo tão
desejosa quanto eu, como se a dependência um do outro fosse mútua e
insuportável. Deitei-a sobre a manta com cuidado acariciando seu lindo rosto.
– Não me importam os seus medos, seja o que for não fugirei Isabella. Agora
de uma coisa esteja muito ciente, você não vai mais fugir de mim, não irei
permitir. Nunca mais vai se livrar de mim e se por um acaso isso te passar pela
mente, desista. Por que sou capaz de prender você até convencê-la do contrário.
E nunca mais repita que posso ter um amor em cada porto. Para mim existe apenas
uma. Apenas você Isabella.
– Eu te amo Edward.
– Eu sei, agora eu sei.
– Não irá me castiga diante de tamanha insubordinação Meu Capitão? – Sorri.
– Poderia Marujo, mas deixaremos para mais tarde. Sou um completo fraco
perto de você e o único que quero neste momento é matar a saudade que senti.
Por que demorou tanto?
– Perdão.
– Te perdoo se prometer que ficará comigo. Será minha namorada.
– Namorada?
– Sim e mais, amante, amiga. O que me diz? – Ela hesitou por um momento, mas
logo pareceu empurrar seus medos para longe.
– Eu aceito.
– Espero que saiba o que diz, pois terá que me aturar minha Deusa adorando-a
pelo resto da sua vida.
– Acho que posso suportar.
– Terá e vou começar agora.
Beijei-a novamente sentindo seu corpo se moldar ao meu. Quando o
ar já nos faltava desci por seu pescoço sentindo seu perfume e lentamente fui
despindo-a, apreciando a maciez de sua pele e sentindo seu corpo arrepiar a
cada toque meu.
Queria senti-la por inteiro, cada mínimo pedaço seu. Admirei seu corpo nu
deitado sobre a manta e seu rosto ruborizando com meu olhar. Sorri e toquei sua
bochecha.
– Você é tão linda Isabella! Eu amo você.
– Eu também te amo.
Livrei-me também das minhas roupas. Ela não podia conter as lágrimas, nem
mesmo eu. Nossos corpos unidos mais uma vez e mais do que isso, nossas almas,
nos amamos sem jamais afastar o olhar um do outro. Podia sentir a intensidade
no brilho dos seus olhos que me diziam o quanto me amavam e que naquele momento
se entregava plenamente a mim assim como eu me entregava para ela.
Isabella era minha vida e com ela superaria todos os medos, os meus, os
dela. Juntos seguiríamos sempre, pois ela talvez ainda não soubesse, mas era a
mulher que eu amaria por toda minha vida.
*************************************
Já havia anoitecido. Por sorte os sanduiches de Sue e o vinho que Bella
trouxe nos manteve alimentados e aquecidos. Bella estava
aconchegada em meus braços, havia feito uma fogueira e agora
ela olhava o céu estrelado, mas eu apenas conseguia olhar para ela.
– O que te fez vir até aqui? Não que eu esteja reclamando. Quero dizer, o
que te fez ter certeza?
– Creio que, depois de passada a confusão em minha mente, apenas percebi que
já sabia e segui meu coração. Bem, também confesso que uma conversa com meu
irmão foi de grande ajuda. Ele é o único que às vezes consegue me despertar.
– Então devo agradecê-lo também.
– E ao Demitri que me ensinou como chegar até aqui.
– Com certeza a ele também.
– E por falar nisso você realmente gosta de se esconder não é, ou isso foi
um pequeno castigo.
– Preciso ser um pouco difícil. – Fiz charme e ela riu.
– E conseguiu, perdi as contas de quantos morros subi e a toda hora parando
para me certificar que estava no caminho certo. Quando penso que estou perto a
estrada acaba e tenho que andar um bom pedaço até encontrar a trilha para
descer até aqui.
– Mas foi recompensador não foi. – Ela bateu no meu braço revoltada.
– Como você é convencido. – Rimos os dois.
– Sou mesmo, tenho você, só posso ser convencido.
– Você deveria ser proibido de fazer essas coisas.
– O que?
– Me fascinar desse jeito.
– Eu te fascino?
– Desde o primeiro momento.
– Posso dizer o mesmo.
– Ainda me custa acreditar nisso. Realmente por dois anos você pensou em
mim?
– Todos os dias. – Ela balançava a cabeça incrédula.
– Eu já disse Isabella, você não se vê claramente.
– Ou será você que tem a visão um pouco turva.
– Você não tem jeito não é. - A puxei para meu colo deixando-a de frente
para mim.
– Não importa quantas vezes tenha que repetir, mas vou continuar até te
convencer. Você é fascinante Isabella Swan e eu sou completamente apaixonado
por você.
Ela desviou seu olhar e me abraçou.
– Jamais vou me convencer de que você existe.
Ficamos ali em silêncio apenas ouvindo o barulho das ondas e as chamas que
crepitavam ao nosso redor. De repente ela começou a rir.
– O que foi?
– Estava me lembrando de algo. Tem uma pessoa muito furiosa com você.
– Quem?
– Lauren.
– Quem!?
– A louca que se pendurou em seu pescoço.
– Nem mesmo sabia como se chamava.
– O que fez a ela? Ela estava cuspindo fogo. – Ri.
– Digamos que não me orgulho muito do meu ato, mas ela mereceu. Bem, quando
percebi o que ela estava fazendo e vi você simplesmente a soltei e ela caiu de
bunda no chão, e eu a deixei ali.
Olhamos um para o outro e foi impossível não começar a rir.
– Mas devo dizer Edward cair no truque do desmaio, esse é bem velho.
– Certo minha culpa, mas como sabe? Por acaso já testou?
– Não, mas já vi e o pior é que também funcionou.
– Quem?
– Alice, quem mais.
– Ela parece muito divertida.
– E é. Também uma completa louca e muitas vezes assustadora.
– Por que diz isso?
– Vai saber se a conhecer.
– Eu vou conhecê-la, não somente ela como toda a sua família. É minha
namorada agora esqueceu, ou já está dando para trás? – Ela me olhou assustada.
– Não, porém receio que sua experiência será um tanto interessante,
principalmente com o Chefe Swan.
– Eu enfrento sem problemas, afinal sou um Capitão.
– O Meu Capitão.
Beijei-a novamente e a acomodei melhor em meu peito sentido o aroma de seus
cabelos e o calor do corpo da minha Deusa. Se existia felicidade maior do que
aquela que estava sentindo não saberia dizer. Como diria meu pai e com toda
razão, no olhar de Isabella eu estava completo.
1 Comentários:
hum que bom que tudo acabou bem...por que não postou o 18 em vez de 2 vezes o 17 ?rsrsrs
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