23 de junho de 2013

Fanfic O Sexy Capitão Cullen por Fran Borges - Capitulo 17


 
 
 
Boa tarde pessoal!
Estava cansada ontem.. mil desculpas.
Vamos dar uma olhada em como o nosso Capitão ficou depois que a Bella descobriu a verdade!
 
 
AVISO: o capitulo a seguir contém lemons, se continuar lendo tenha consciência disso.
 
Capitulo 17
POV Capitão
Um dia que se inicia em um completo caos e desespero pode se transformar no melhor da sua vida.
Ao vê-la sair por aquela porta não pude conter as lágrimas, o sentimento doloroso de que ela poderia estar indo e nunca mais voltar. Senti o corpo pesar e atirei-me na cama me sentindo um completo estúpido, por minha culpa tudo isso aconteceu.
Mencionei tantas vezes os medos dela, mas na verdade foram os meus que ocasionaram tudo isso. Contudo, algo me magoou profundamente. Depois de tudo que havíamos passado juntos dizer que eu poderia ter um amor em cada porto, como se ela realmente acreditasse que era isso que iria acontecer cedo ou tarde.
E então outro dos meus medos surgiu. O medo pelo qual evitei me aproximar dela antes dessa viagem, de que ela como as outras fosse embora pela minha profissão. Como já havia dito, antes jamais me importou, mas com Isabella não aguentaria.
E o pior de tudo é que agora teria que me vestir e ir trabalhar, quando tudo que queria era ficar aqui estirado nessa cama. Acho que agora podia entender Demitri melhor, o fato dele jamais querer se apaixonar, o que estava sentindo nesse momento não desejaria para ninguém.
Uma dor absurda e uma tristeza que me tomava por inteiro impedindo-me de raciocinar. É assustador o que sinto por essa mulher, sinto como se não pudesse dar mais nem um passo adiante sem tê-la por perto, sem ver seu sorriso, sentir seu cheiro. Devia parar de chorar, mas não conseguia.
Sentir seus lábios daquela forma desesperada, como se fosse à última vez, queria poder amarrá-la junto a mim e ter a certeza que ela jamais iria se afastar. Cada passo que a vi dar naquele corredor afastando-se de mim era uma pontada que sentia em meu peito.
Nesse momento o único que queria fazer era correr atrás dela e implorar se fosse necessário para que ficasse comigo. Deus como podia ser tão fraco, tão dependente dela. Fazia apenas alguns minutos que ela se foi e eu já não tinha forças para mais nada.
Estava definitivamente perdido por essa mulher e não sei o que faria se não voltasse. Completamente autômato levantei e me vesti. Da mesma forma segui pelos corredores e entrei no elevador seguindo para a cabine de comando.
Assim que cheguei encontrei Demitri, que estava concentrado e olhou-me rapidamente.
– A noite deve ter sido boa Capitão, chegando atrasado mais uma vez. Pensei em ir te avisar a noite que havia encontrado sua mulher perdida, mas como nas câmeras a vi entrando em seu quarto achei que você mesmo encontraria.
Não respondi, com certeza estranhando ele largou o que estava fazendo e me encarou.
– Que cara é essa? O que houve? A noite não foi boa afinal?
– A noite foi maravilhosa meu amigo, mas a manhã um desastre.
– Posso ver. O que aconteceu?
– Como te disse a noite foi perfeita, porém pela manhã estava no banho e ela ainda dormia. Quando terminei e segui para o quarto ouvi uma voz familiar, então me dei conta que era Emmett me deixando um recado na caixa postal. Isabella estava paralisada.
– Ela descobriu tudo da pior forma. Você não ia contar tudo ontem?
– Sim, mas com tudo o que aconteceu não foi possível. Pretendia fazer isso hoje, mas infelizmente os acontecimentos se adiantaram e foi um verdadeiro desastre.
– Mas você não explicou tudo para ela?
– Sim, eu tentei, mas acho que ela ficou muito confusa, talvez decepcionada.
– Ela se sentiu enganada.
– Creio que sim. No início ela pensou se tratar de alguma armação, pois percebeu que eu conhecia sua amiga, mas pelo menos disso acho que a convenci.
– E o que ela disse?
– Que precisava de um tempo, aparentemente ela acha impossível ser verdade o que lhe contei. Eu sabia que ela me acharia um louco.
– E como você está?
– Sinceramente, destroçado. Acho que você tem razão em não se apaixonar, não sei o que vou fazer se ela não voltar.
– Não fale assim Edward, eu sou um vagabundo e isso se aplica a mim, mas no fundo eu sou é um covarde. – Olhei para ele surpreso.
– É isso mesmo, tenho medo de depender de alguém, medo de me machucar e não conseguir lidar com isso. Você sempre foi mais forte, pois não tem medo dos seus sentimentos. Então não fale essa besteira e quanto a Bella, ela te ama dá para ver isso. Pelo que pude notar de tudo que me falou ela apenas ficou confusa e isso é até normal, mas tenho certeza que ela virá te procurar.
– Queria ter a sua certeza. Eu não sei o que esperar.
– Bem, não adianta você ficar se martirizando. O que resta agora é esperar e o melhor a fazer é trabalhar para se distrair.
– Vou tentar fazer isso.
– Vamos meu amigo lembra-se do nosso lema?
– Navegar é preciso.
– Sempre.
Zarpamos em direção à Santorini, nossa próxima parada. Tentei ao máximo me concentrar no trabalho, mas era impossível tirar Isabella da mente ainda que fosse por apenas um segundo.
Já havia passado o horário do almoço, eu não consegui comer nada. Estava tentando concentrar-me novamente no trabalho quando a vi. Estava distante, mas ainda sim sabia que era ela, a reconheceria de qualquer maneira. Estava na proa e mirava o horizonte, seus lindos cabelos balançavam com a brisa e mais uma vez ela tinha o poder de me deixar enfeitiçado.
Vi ao longe alguém se aproximar dela, não conseguia identificar muito bem, mas parecia se tratar da louca que havia me agarrado, não conseguia lembrar do seu nome. Elas conversaram um pouco e logo a maluca saiu dali.
Era só o que me faltava que aquela criatura colocasse mais bobagens na cabeça de Isabella, realmente a sorte havia me abandonado. Bella ainda ficou por mais alguns minutos ali e depois se foi.
Era tão engraçado apenas por vê-la ainda que à distância já conseguia me sentir em paz e quando ela partia todo o desespero regressava. O que ela teria ido fazer ali? Será que estava recordando nossos momentos. Nossos momentos loucos e intensos, nossas palavras e beijos, nosso amor.
Cada momento estava gravado em mim, cada minuto ao seu lado. Como doía ficar longe dela. Eu já não era mais dono de mim, nem de minhas vontades. Ela ficou com tudo.
******************************************
A noite chegou e com ela minha melancolia. Disse a Demitri que ficaria no turno da noite, não poderia voltar ao quarto e sentir seu cheiro em cada canto, tão pouco conseguiria dormir sem ouvir o som da sua respiração, sem ter seu corpo acomodado junto ao meu.
Decidi ligar para Emmett.
– Ed! Conseguiu um intervalo para ligar? – Hoje não conseguiria rir das piadas do meu irmão.
– Oi Em. Como está?
– Estou bem e você?
– Indo.
– Indo? Quando você fala assim é porque a coisa não está nada bem. O que aconteceu? Vocês brigaram?
– Não exatamente. Na verdade estava tudo bem, mas ela ouviu o seu recado pela manhã e...
– Você ainda não havia dito nada.
– Não.
– Ed me desculpa, realmente sinto muito.
– Não precisa se desculpar Em, afinal a culpa não é sua se eu demorei demais para dizer tudo ela.
– Ainda sim me sinto culpado. Mas o que houve? Como Bella reagiu?
– Não muito bem, no início acho que ela pensou que fosse uma armação das amigas.
– Rose e Alice?
– Sim, mas acho que a convenci do contrário, porém ela ficou muito confusa e me disse que precisava de um tempo.
– E você não está nada bem não é meu irmão?
– Não. Eu a amo e não sei o que fazer.
– Queria poder te ajudar.
– Obrigada Emmett, mas o único que posso fazer agora é esperar e torcer para que ela volte.
– Eu sei o que quer dizer, hoje consigo te entender perfeitamente, pois se perdesse Rose morreria. Por isso sei o que está sentindo.
– Essa é a sensação meu irmão.
– Mas o que você acha?
– Não sei o que pensar. Nós estávamos bem, muito bem na verdade. O que vivemos nestes dias foi algo muito intenso e verdadeiro, e sei que ela sentiu o mesmo. Porém, sei que Bella tem os seus medos. Ela colocou na cabeça, não sei por que, que fiz tudo o que fiz porque sinto pena dela. Você não sabe nada sobre isso?
– Sei que algo aconteceu com Bella, mas esse tema é meio que um tabu. Rose não fala sobre isso. Uma vez até lhe perguntei, mas ela me disse que Bella não gostava de tocar nesse assunto.
– Ela mencionou algo, mas muito superficialmente. Pude perceber que é muito difícil para ela falar sobre isso. Queria ajudá-la, tirar esse sofrimento dela.
– Estou torcendo por vocês Ed e se tiver algo em que eu possa ajudar é só dizer.
– Obrigada Em, sei que posso contar contigo.
– Se cuida meu irmão.
– Você também.
Minha noite se passou arrastada, parecia que os minutos não passavam. Imaginava a todo o momento como estaria Isabella, o que estaria fazendo, se estava tão angustiada como eu sentindo sua falta.
Hoje conseguia entender as tantas conversas com Sr. Carlisle. Ele me dizia sabiamente o quanto a mulher que você ama afetava sua vida, que no início parecia assustador, mas depois se tornava tão natural que seria impossível viver sem.
Era exatamente o que eu sentia, apesar dos poucos dias Isabella me afetava inteiramente, tanto que sua ausência me causava uma dor física. Porém, o que são os dias, Sr. Carlisle e Dona Esme, se conheceram, namoraram e casaram em quatro meses.
Lembro de outra conversa que tivemos, eu deveria ter uns quinze anos e perguntei a ele como se sabia que uma mulher era a mulher de sua vida. Meu pai respondeu: “Edward, é muito fácil. Quando você olha nos olhos dela sente que tudo está completo e que nada mais é necessário. Você não vê mais graça em nenhuma outra, pois não tem o mesmo cabelo, a cor dos olhos, a mesma boca. Não é ela.”
Perguntei a ele se foi isso que sentiu quando viu a mamãe e ele me disse simplesmente. “Ainda sinto meu filho.” E isso sempre ficou em minha mente, mas jamais havia sentido até conhecer Isabella, a certeza de que ela é a mulher que vou amar por toda minha vida.
*********************************
Atracamos em Santorini por volta das onze da manhã. Estava cansado e não havia comido nada, porém não tinha fome. Demitri chegou logo em seguida.
– Você está um lixo Capitão Cullen!
– Obrigado.
– Estou falando sério, vá descansar e coma alguma coisa.
– Está parecendo minha mãe.
– Eu me preocupo com você seu ingrato.
– Eu sei Demitri obrigado. Eu vou tentar fazer o que me disse, mas tenho que espairecer um pouco.
– Já imagino para onde vai.
– Você sabe mesmo, gosto muito daquele lugar e preciso de um pouco de tranquilidade.
– Vai mesmo. Por aqui está tudo sob controle.
Segui para o meu quarto sempre com esperança de encontrá-la pelo caminho ou esperando que quando abrisse a porta ela estivesse ali, mas nada disso aconteceu. Tomei uma ducha e tentei comer um sanduiche que Sue havia mandado trazer, coisa de Demitri com certeza.
Separei uma roupa fresca e confortável e segui rumo ao convés. No porto aluguei uma skooter e segui rumo a Red Beach, a conhecida praia vermelha. Era a mais afastada e por isso a mais deserta de todas, também tinha uma vista belíssima, além de que parte do caminho para chegar até ela teria que ser feito a pé.
Segui o caminho há muito conhecido, já deveria ser a quarta vez que estava ali. Poderia ter um pouco de paz para curtir a minha tristeza, um tanto melancólico eu sei, para não dizer patético, mas era assim que me sentia.
Fui de moto até as proximidades da praia, dali em diante teria que seguir a pé. Do alto do morro a visão do horizonte era maravilhosa. Comecei a descer a trilha que me levaria até a praia e por lá ficaria por não sei quanto tempo, havia trazido apenas uma manta, sanduiches e água. Minha intenção definitivamente era me esconder por algumas horas.
Ainda que a imagem de Isabella não se afastasse do meu pensamento nem por um minuto. Depois de meia hora de descida podia contemplar a areia preta resultado de uma ilha vulcânica e uma das mais belas vistas do mar. Sentei-me ali e era apenas isso o que queria. Contemplar o mar ouvindo apenas os sons das ondas e naquele horário não havia mais ninguém ali, ou seja, poderia encontrar a paz que almejava.
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Depois de algumas horas ali pude perceber o óbvio, não poderia encontrar paz, havia ficado com ela. Doce ilusão pensar que conseguiria sentir-me melhor naquele lugar. Em outros momentos admito que funcionou, mas hoje apenas onde ela estivesse estaria minha paz, meu alento. Entrego os pontos e desisto.
Estava tão absorto em meus pensamentos que nem ao menos percebi a aproximação de alguém, mas seu perfume misturado com a brisa do mar era inconfundível.
– Marujo se apresentando Capitão.
Virei em sua direção, assustado confesso, não esperava vê-la ali. Simplesmente não consegui responder nada, apenas olhava para ela ainda duvidando do que via.
– Não vai dizer nada? – Continuei da mesma maneira. – Está certo. Eu sei que fui errada, uma burra estúpida. Se eu te magoei peço perdão, eu juro que não queria. Apenas não consegui lidar muito bem com tudo o que me disse.
Ela começou a falar, podia ver que estava nervosa. Levantei-me e continuei a olhar para ela calado.
– E se você não puder me perdoar eu vou entender. Afinal eu sou Isabella Swan e constantemente faço as coisas erradas. Mas eu te amo Edward e apenas percebi que não posso mais ficar sem você. Óbvio que talvez você já tenha se dado conta do problema que sou, meus complexos e meus medos, e tudo que posso prometer é que tentarei superá-los, mas não posso garantir que eles não voltem.
Ela continuava a falar sem parar, mal sabia que bastava ter me dito um “oi” e já me teria aos seus pés ou simplesmente que me estendesse mão sem precisar de palavras. Isabella não conseguia ver que me tinha nas mãos. Vergonhoso eu sei, mas ela tinha minha vida sob seu belo prazer e nem ao menos percebia.
– Bem, talvez você não queira lidar com isso e...
Não podia mais me controlar, precisava tê-la em meus braços. Apenas um dia sem ela e já parecia um louco desesperado ansiando por seu toque, por seu beijo. Não era mais possível me segurar, agarrei sua cintura a puxando para mim.
– Cala a boca Isabella.
Tomei seus lábios sentindo a textura, o gosto que eu tanto amava. Palavras nesse momento eram dispensáveis. Ela se agarrou a mim parecendo tão desejosa quanto eu, como se a dependência um do outro fosse mútua e insuportável. Deitei-a sobre a manta com cuidado acariciando seu lindo rosto.
– Não me importam os seus medos, seja o que for não fugirei Isabella. Agora de uma coisa esteja muito ciente, você não vai mais fugir de mim, não irei permitir. Nunca mais vai se livrar de mim e se por um acaso isso te passar pela mente, desista. Por que sou capaz de prender você até convencê-la do contrário. E nunca mais repita que posso ter um amor em cada porto. Para mim existe apenas uma. Apenas você Isabella.
– Eu te amo Edward.
– Eu sei, agora eu sei.
– Não irá me castiga diante de tamanha insubordinação Meu Capitão? – Sorri.
– Poderia Marujo, mas deixaremos para mais tarde. Sou um completo fraco perto de você e o único que quero neste momento é matar a saudade que senti. Por que demorou tanto?
– Perdão.
– Te perdoo se prometer que ficará comigo. Será minha namorada.
– Namorada?
– Sim e mais, amante, amiga. O que me diz? – Ela hesitou por um momento, mas logo pareceu empurrar seus medos para longe.
– Eu aceito.
– Espero que saiba o que diz, pois terá que me aturar minha Deusa adorando-a pelo resto da sua vida.
– Acho que posso suportar.
– Terá e vou começar agora.
Beijei-a novamente sentindo seu corpo se moldar ao meu. Quando o ar já nos faltava desci por seu pescoço sentindo seu perfume e lentamente fui despindo-a, apreciando a maciez de sua pele e sentindo seu corpo arrepiar a cada toque meu.
Queria senti-la por inteiro, cada mínimo pedaço seu. Admirei seu corpo nu deitado sobre a manta e seu rosto ruborizando com meu olhar. Sorri e toquei sua bochecha.
– Você é tão linda Isabella! Eu amo você.
– Eu também te amo.
Livrei-me também das minhas roupas. Ela não podia conter as lágrimas, nem mesmo eu. Nossos corpos unidos mais uma vez e mais do que isso, nossas almas, nos amamos sem jamais afastar o olhar um do outro. Podia sentir a intensidade no brilho dos seus olhos que me diziam o quanto me amavam e que naquele momento se entregava plenamente a mim assim como eu me entregava para ela.
Isabella era minha vida e com ela superaria todos os medos, os meus, os dela. Juntos seguiríamos sempre, pois ela talvez ainda não soubesse, mas era a mulher que eu amaria por toda minha vida.
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Já havia anoitecido. Por sorte os sanduiches de Sue e o vinho que Bella trouxe nos manteve alimentados e aquecidos. Bella estava aconchegada em meus braços, havia feito uma fogueira e agora ela olhava o céu estrelado, mas eu apenas conseguia olhar para ela.
– O que te fez vir até aqui? Não que eu esteja reclamando. Quero dizer, o que te fez ter certeza?
– Creio que, depois de passada a confusão em minha mente, apenas percebi que já sabia e segui meu coração. Bem, também confesso que uma conversa com meu irmão foi de grande ajuda. Ele é o único que às vezes consegue me despertar.
– Então devo agradecê-lo também.
– E ao Demitri que me ensinou como chegar até aqui.
– Com certeza a ele também.
– E por falar nisso você realmente gosta de se esconder não é, ou isso foi um pequeno castigo.
– Preciso ser um pouco difícil. – Fiz charme e ela riu.
– E conseguiu, perdi as contas de quantos morros subi e a toda hora parando para me certificar que estava no caminho certo. Quando penso que estou perto a estrada acaba e tenho que andar um bom pedaço até encontrar a trilha para descer até aqui.
– Mas foi recompensador não foi. – Ela bateu no meu braço revoltada.
– Como você é convencido. – Rimos os dois.
– Sou mesmo, tenho você, só posso ser convencido.
– Você deveria ser proibido de fazer essas coisas.
– O que?
– Me fascinar desse jeito.
– Eu te fascino?
– Desde o primeiro momento.
– Posso dizer o mesmo.
– Ainda me custa acreditar nisso. Realmente por dois anos você pensou em mim?
– Todos os dias. – Ela balançava a cabeça incrédula.
– Eu já disse Isabella, você não se vê claramente.
– Ou será você que tem a visão um pouco turva.
– Você não tem jeito não é. - A puxei para meu colo deixando-a de frente para mim.
– Não importa quantas vezes tenha que repetir, mas vou continuar até te convencer. Você é fascinante Isabella Swan e eu sou completamente apaixonado por você.
Ela desviou seu olhar e me abraçou.
– Jamais vou me convencer de que você existe.
Ficamos ali em silêncio apenas ouvindo o barulho das ondas e as chamas que crepitavam ao nosso redor. De repente ela começou a rir.
– O que foi?
– Estava me lembrando de algo. Tem uma pessoa muito furiosa com você.
– Quem?
– Lauren.
– Quem!?
– A louca que se pendurou em seu pescoço.
– Nem mesmo sabia como se chamava.
– O que fez a ela? Ela estava cuspindo fogo. – Ri.
– Digamos que não me orgulho muito do meu ato, mas ela mereceu. Bem, quando percebi o que ela estava fazendo e vi você simplesmente a soltei e ela caiu de bunda no chão, e eu a deixei ali.
Olhamos um para o outro e foi impossível não começar a rir.
– Mas devo dizer Edward cair no truque do desmaio, esse é bem velho.
– Certo minha culpa, mas como sabe? Por acaso já testou?
– Não, mas já vi e o pior é que também funcionou.
– Quem?
– Alice, quem mais.
– Ela parece muito divertida.
– E é. Também uma completa louca e muitas vezes assustadora.
– Por que diz isso?
– Vai saber se a conhecer.
– Eu vou conhecê-la, não somente ela como toda a sua família. É minha namorada agora esqueceu, ou já está dando para trás? – Ela me olhou assustada.
– Não, porém receio que sua experiência será um tanto interessante, principalmente com o Chefe Swan.
– Eu enfrento sem problemas, afinal sou um Capitão.
– O Meu Capitão.
Beijei-a novamente e a acomodei melhor em meu peito sentido o aroma de seus cabelos e o calor do corpo da minha Deusa. Se existia felicidade maior do que aquela que estava sentindo não saberia dizer. Como diria meu pai e com toda razão, no olhar de Isabella eu estava completo.
 
Não sei vocês mas eu quero em Capitão desses pra mim! Sábado que vem tem mais capitulo pra vocês!
 
 
 
Capitulo 17

POV Capitão
Um dia que se inicia em um completo caos e desespero pode se transformar no melhor da sua vida.
Ao vê-la sair por aquela porta não pude conter as lágrimas, o sentimento doloroso de que ela poderia estar indo e nunca mais voltar. Senti o corpo pesar e atirei-me na cama me sentindo um completo estúpido, por minha culpa tudo isso aconteceu.
Mencionei tantas vezes os medos dela, mas na verdade foram os meus que ocasionaram tudo isso. Contudo, algo me magoou profundamente. Depois de tudo que havíamos passado juntos dizer que eu poderia ter um amor em cada porto, como se ela realmente acreditasse que era isso que iria acontecer cedo ou tarde.
E então outro dos meus medos surgiu. O medo pelo qual evitei me aproximar dela antes dessa viagem, de que ela como as outras fosse embora pela minha profissão. Como já havia dito, antes jamais me importou, mas com Isabella não aguentaria.
E o pior de tudo é que agora teria que me vestir e ir trabalhar, quando tudo que queria era ficar aqui estirado nessa cama. Acho que agora podia entender Demitri melhor, o fato dele jamais querer se apaixonar, o que estava sentindo nesse momento não desejaria para ninguém.
Uma dor absurda e uma tristeza que me tomava por inteiro impedindo-me de raciocinar. É assustador o que sinto por essa mulher, sinto como se não pudesse dar mais nem um passo adiante sem tê-la por perto, sem ver seu sorriso, sentir seu cheiro. Devia parar de chorar, mas não conseguia.
Sentir seus lábios daquela forma desesperada, como se fosse à última vez, queria poder amarrá-la junto a mim e ter a certeza que ela jamais iria se afastar. Cada passo que a vi dar naquele corredor afastando-se de mim era uma pontada que sentia em meu peito.
Nesse momento o único que queria fazer era correr atrás dela e implorar se fosse necessário para que ficasse comigo. Deus como podia ser tão fraco, tão dependente dela. Fazia apenas alguns minutos que ela se foi e eu já não tinha forças para mais nada.
Estava definitivamente perdido por essa mulher e não sei o que faria se não voltasse. Completamente autômato levantei e me vesti. Da mesma forma segui pelos corredores e entrei no elevador seguindo para a cabine de comando.
Assim que cheguei encontrei Demitri, que estava concentrado e olhou-me rapidamente.
– A noite deve ter sido boa Capitão, chegando atrasado mais uma vez. Pensei em ir te avisar a noite que havia encontrado sua mulher perdida, mas como nas câmeras a vi entrando em seu quarto achei que você mesmo encontraria.
Não respondi, com certeza estranhando ele largou o que estava fazendo e me encarou.
– Que cara é essa? O que houve? A noite não foi boa afinal?
– A noite foi maravilhosa meu amigo, mas a manhã um desastre.
– Posso ver. O que aconteceu?
– Como te disse a noite foi perfeita, porém pela manhã estava no banho e ela ainda dormia. Quando terminei e segui para o quarto ouvi uma voz familiar, então me dei conta que era Emmett me deixando um recado na caixa postal. Isabella estava paralisada.
– Ela descobriu tudo da pior forma. Você não ia contar tudo ontem?
– Sim, mas com tudo o que aconteceu não foi possível. Pretendia fazer isso hoje, mas infelizmente os acontecimentos se adiantaram e foi um verdadeiro desastre.
– Mas você não explicou tudo para ela?
– Sim, eu tentei, mas acho que ela ficou muito confusa, talvez decepcionada.
– Ela se sentiu enganada.
– Creio que sim. No início ela pensou se tratar de alguma armação, pois percebeu que eu conhecia sua amiga, mas pelo menos disso acho que a convenci.
– E o que ela disse?
– Que precisava de um tempo, aparentemente ela acha impossível ser verdade o que lhe contei. Eu sabia que ela me acharia um louco.
– E como você está?
– Sinceramente, destroçado. Acho que você tem razão em não se apaixonar, não sei o que vou fazer se ela não voltar.
– Não fale assim Edward, eu sou um vagabundo e isso se aplica a mim, mas no fundo eu sou é um covarde. – Olhei para ele surpreso.
– É isso mesmo, tenho medo de depender de alguém, medo de me machucar e não conseguir lidar com isso. Você sempre foi mais forte, pois não tem medo dos seus sentimentos. Então não fale essa besteira e quanto a Bella, ela te ama dá para ver isso. Pelo que pude notar de tudo que me falou ela apenas ficou confusa e isso é até normal, mas tenho certeza que ela virá te procurar.
– Queria ter a sua certeza. Eu não sei o que esperar.
– Bem, não adianta você ficar se martirizando. O que resta agora é esperar e o melhor a fazer é trabalhar para se distrair.
– Vou tentar fazer isso.
– Vamos meu amigo lembra-se do nosso lema?
– Navegar é preciso.
– Sempre.
Zarpamos em direção à Santorini, nossa próxima parada. Tentei ao máximo me concentrar no trabalho, mas era impossível tirar Isabella da mente ainda que fosse por apenas um segundo.
Já havia passado o horário do almoço, eu não consegui comer nada. Estava tentando concentrar-me novamente no trabalho quando a vi. Estava distante, mas ainda sim sabia que era ela, a reconheceria de qualquer maneira. Estava na proa e mirava o horizonte, seus lindos cabelos balançavam com a brisa e mais uma vez ela tinha o poder de me deixar enfeitiçado.
Vi ao longe alguém se aproximar dela, não conseguia identificar muito bem, mas parecia se tratar da louca que havia me agarrado, não conseguia lembrar do seu nome. Elas conversaram um pouco e logo a maluca saiu dali.
Era só o que me faltava que aquela criatura colocasse mais bobagens na cabeça de Isabella, realmente a sorte havia me abandonado. Bella ainda ficou por mais alguns minutos ali e depois se foi.
Era tão engraçado apenas por vê-la ainda que à distância já conseguia me sentir em paz e quando ela partia todo o desespero regressava. O que ela teria ido fazer ali? Será que estava recordando nossos momentos. Nossos momentos loucos e intensos, nossas palavras e beijos, nosso amor.
Cada momento estava gravado em mim, cada minuto ao seu lado. Como doía ficar longe dela. Eu já não era mais dono de mim, nem de minhas vontades. Ela ficou com tudo.
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A noite chegou e com ela minha melancolia. Disse a Demitri que ficaria no turno da noite, não poderia voltar ao quarto e sentir seu cheiro em cada canto, tão pouco conseguiria dormir sem ouvir o som da sua respiração, sem ter seu corpo acomodado junto ao meu.
Decidi ligar para Emmett.
– Ed! Conseguiu um intervalo para ligar? – Hoje não conseguiria rir das piadas do meu irmão.
– Oi Em. Como está?
– Estou bem e você?
– Indo.
– Indo? Quando você fala assim é porque a coisa não está nada bem. O que aconteceu? Vocês brigaram?
– Não exatamente. Na verdade estava tudo bem, mas ela ouviu o seu recado pela manhã e...
– Você ainda não havia dito nada.
– Não.
– Ed me desculpa, realmente sinto muito.
– Não precisa se desculpar Em, afinal a culpa não é sua se eu demorei demais para dizer tudo ela.
– Ainda sim me sinto culpado. Mas o que houve? Como Bella reagiu?
– Não muito bem, no início acho que ela pensou que fosse uma armação das amigas.
– Rose e Alice?
– Sim, mas acho que a convenci do contrário, porém ela ficou muito confusa e me disse que precisava de um tempo.
– E você não está nada bem não é meu irmão?
– Não. Eu a amo e não sei o que fazer.
– Queria poder te ajudar.
– Obrigada Emmett, mas o único que posso fazer agora é esperar e torcer para que ela volte.
– Eu sei o que quer dizer, hoje consigo te entender perfeitamente, pois se perdesse Rose morreria. Por isso sei o que está sentindo.
– Essa é a sensação meu irmão.
– Mas o que você acha?
– Não sei o que pensar. Nós estávamos bem, muito bem na verdade. O que vivemos nestes dias foi algo muito intenso e verdadeiro, e sei que ela sentiu o mesmo. Porém, sei que Bella tem os seus medos. Ela colocou na cabeça, não sei por que, que fiz tudo o que fiz porque sinto pena dela. Você não sabe nada sobre isso?
– Sei que algo aconteceu com Bella, mas esse tema é meio que um tabu. Rose não fala sobre isso. Uma vez até lhe perguntei, mas ela me disse que Bella não gostava de tocar nesse assunto.
– Ela mencionou algo, mas muito superficialmente. Pude perceber que é muito difícil para ela falar sobre isso. Queria ajudá-la, tirar esse sofrimento dela.
– Estou torcendo por vocês Ed e se tiver algo em que eu possa ajudar é só dizer.
– Obrigada Em, sei que posso contar contigo.
– Se cuida meu irmão.
– Você também.
Minha noite se passou arrastada, parecia que os minutos não passavam. Imaginava a todo o momento como estaria Isabella, o que estaria fazendo, se estava tão angustiada como eu sentindo sua falta.
Hoje conseguia entender as tantas conversas com Sr. Carlisle. Ele me dizia sabiamente o quanto a mulher que você ama afetava sua vida, que no início parecia assustador, mas depois se tornava tão natural que seria impossível viver sem.
Era exatamente o que eu sentia, apesar dos poucos dias Isabella me afetava inteiramente, tanto que sua ausência me causava uma dor física. Porém, o que são os dias, Sr. Carlisle e Dona Esme, se conheceram, namoraram e casaram em quatro meses.
Lembro de outra conversa que tivemos, eu deveria ter uns quinze anos e perguntei a ele como se sabia que uma mulher era a mulher de sua vida. Meu pai respondeu: “Edward, é muito fácil. Quando você olha nos olhos dela sente que tudo está completo e que nada mais é necessário. Você não vê mais graça em nenhuma outra, pois não tem o mesmo cabelo, a cor dos olhos, a mesma boca. Não é ela.”
Perguntei a ele se foi isso que sentiu quando viu a mamãe e ele me disse simplesmente. “Ainda sinto meu filho.” E isso sempre ficou em minha mente, mas jamais havia sentido até conhecer Isabella, a certeza de que ela é a mulher que vou amar por toda minha vida.
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Atracamos em Santorini por volta das onze da manhã. Estava cansado e não havia comido nada, porém não tinha fome. Demitri chegou logo em seguida.
– Você está um lixo Capitão Cullen!
– Obrigado.
– Estou falando sério, vá descansar e coma alguma coisa.
– Está parecendo minha mãe.
– Eu me preocupo com você seu ingrato.
– Eu sei Demitri obrigado. Eu vou tentar fazer o que me disse, mas tenho que espairecer um pouco.
– Já imagino para onde vai.
– Você sabe mesmo, gosto muito daquele lugar e preciso de um pouco de tranquilidade.
– Vai mesmo. Por aqui está tudo sob controle.
Segui para o meu quarto sempre com esperança de encontrá-la pelo caminho ou esperando que quando abrisse a porta ela estivesse ali, mas nada disso aconteceu. Tomei uma ducha e tentei comer um sanduiche que Sue havia mandado trazer, coisa de Demitri com certeza.
Separei uma roupa fresca e confortável e segui rumo ao convés. No porto aluguei uma skooter e segui rumo a Red Beach, a conhecida praia vermelha. Era a mais afastada e por isso a mais deserta de todas, também tinha uma vista belíssima, além de que parte do caminho para chegar até ela teria que ser feito a pé.
Segui o caminho há muito conhecido, já deveria ser a quarta vez que estava ali. Poderia ter um pouco de paz para curtir a minha tristeza, um tanto melancólico eu sei, para não dizer patético, mas era assim que me sentia.
Fui de moto até as proximidades da praia, dali em diante teria que seguir a pé. Do alto do morro a visão do horizonte era maravilhosa. Comecei a descer a trilha que me levaria até a praia e por lá ficaria por não sei quanto tempo, havia trazido apenas uma manta, sanduiches e água. Minha intenção definitivamente era me esconder por algumas horas.
Ainda que a imagem de Isabella não se afastasse do meu pensamento nem por um minuto. Depois de meia hora de descida podia contemplar a areia preta resultado de uma ilha vulcânica e uma das mais belas vistas do mar. Sentei-me ali e era apenas isso o que queria. Contemplar o mar ouvindo apenas os sons das ondas e naquele horário não havia mais ninguém ali, ou seja, poderia encontrar a paz que almejava.
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Depois de algumas horas ali pude perceber o óbvio, não poderia encontrar paz, havia ficado com ela. Doce ilusão pensar que conseguiria sentir-me melhor naquele lugar. Em outros momentos admito que funcionou, mas hoje apenas onde ela estivesse estaria minha paz, meu alento. Entrego os pontos e desisto.
Estava tão absorto em meus pensamentos que nem ao menos percebi a aproximação de alguém, mas seu perfume misturado com a brisa do mar era inconfundível.
– Marujo se apresentando Capitão.
Virei em sua direção, assustado confesso, não esperava vê-la ali. Simplesmente não consegui responder nada, apenas olhava para ela ainda duvidando do que via.
– Não vai dizer nada? – Continuei da mesma maneira. – Está certo. Eu sei que fui errada, uma burra estúpida. Se eu te magoei peço perdão, eu juro que não queria. Apenas não consegui lidar muito bem com tudo o que me disse.
Ela começou a falar, podia ver que estava nervosa. Levantei-me e continuei a olhar para ela calado.
– E se você não puder me perdoar eu vou entender. Afinal eu sou Isabella Swan e constantemente faço as coisas erradas. Mas eu te amo Edward e apenas percebi que não posso mais ficar sem você. Óbvio que talvez você já tenha se dado conta do problema que sou, meus complexos e meus medos, e tudo que posso prometer é que tentarei superá-los, mas não posso garantir que eles não voltem.
Ela continuava a falar sem parar, mal sabia que bastava ter me dito um “oi” e já me teria aos seus pés ou simplesmente que me estendesse mão sem precisar de palavras. Isabella não conseguia ver que me tinha nas mãos. Vergonhoso eu sei, mas ela tinha minha vida sob seu belo prazer e nem ao menos percebia.
– Bem, talvez você não queira lidar com isso e...
Não podia mais me controlar, precisava tê-la em meus braços. Apenas um dia sem ela e já parecia um louco desesperado ansiando por seu toque, por seu beijo. Não era mais possível me segurar, agarrei sua cintura a puxando para mim.
– Cala a boca Isabella.
Tomei seus lábios sentindo a textura, o gosto que eu tanto amava. Palavras nesse momento eram dispensáveis. Ela se agarrou a mim parecendo tão desejosa quanto eu, como se a dependência um do outro fosse mútua e insuportável. Deitei-a sobre a manta com cuidado acariciando seu lindo rosto.
– Não me importam os seus medos, seja o que for não fugirei Isabella. Agora de uma coisa esteja muito ciente, você não vai mais fugir de mim, não irei permitir. Nunca mais vai se livrar de mim e se por um acaso isso te passar pela mente, desista. Por que sou capaz de prender você até convencê-la do contrário. E nunca mais repita que posso ter um amor em cada porto. Para mim existe apenas uma. Apenas você Isabella.
– Eu te amo Edward.
– Eu sei, agora eu sei.
– Não irá me castiga diante de tamanha insubordinação Meu Capitão? – Sorri.
– Poderia Marujo, mas deixaremos para mais tarde. Sou um completo fraco perto de você e o único que quero neste momento é matar a saudade que senti. Por que demorou tanto?
– Perdão.
– Te perdoo se prometer que ficará comigo. Será minha namorada.
– Namorada?
– Sim e mais, amante, amiga. O que me diz? – Ela hesitou por um momento, mas logo pareceu empurrar seus medos para longe.
– Eu aceito.
– Espero que saiba o que diz, pois terá que me aturar minha Deusa adorando-a pelo resto da sua vida.
– Acho que posso suportar.
– Terá e vou começar agora.
Beijei-a novamente sentindo seu corpo se moldar ao meu. Quando o ar já nos faltava desci por seu pescoço sentindo seu perfume e lentamente fui despindo-a, apreciando a maciez de sua pele e sentindo seu corpo arrepiar a cada toque meu.
Queria senti-la por inteiro, cada mínimo pedaço seu. Admirei seu corpo nu deitado sobre a manta e seu rosto ruborizando com meu olhar. Sorri e toquei sua bochecha.
– Você é tão linda Isabella! Eu amo você.
– Eu também te amo.
Livrei-me também das minhas roupas. Ela não podia conter as lágrimas, nem mesmo eu. Nossos corpos unidos mais uma vez e mais do que isso, nossas almas, nos amamos sem jamais afastar o olhar um do outro. Podia sentir a intensidade no brilho dos seus olhos que me diziam o quanto me amavam e que naquele momento se entregava plenamente a mim assim como eu me entregava para ela.
Isabella era minha vida e com ela superaria todos os medos, os meus, os dela. Juntos seguiríamos sempre, pois ela talvez ainda não soubesse, mas era a mulher que eu amaria por toda minha vida.
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Já havia anoitecido. Por sorte os sanduiches de Sue e o vinho que Bella trouxe nos manteve alimentados e aquecidos. Bella estava aconchegada em meus braços, havia feito uma fogueira e agora ela olhava o céu estrelado, mas eu apenas conseguia olhar para ela.
– O que te fez vir até aqui? Não que eu esteja reclamando. Quero dizer, o que te fez ter certeza?
– Creio que, depois de passada a confusão em minha mente, apenas percebi que já sabia e segui meu coração. Bem, também confesso que uma conversa com meu irmão foi de grande ajuda. Ele é o único que às vezes consegue me despertar.
– Então devo agradecê-lo também.
– E ao Demitri que me ensinou como chegar até aqui.
– Com certeza a ele também.
– E por falar nisso você realmente gosta de se esconder não é, ou isso foi um pequeno castigo.
– Preciso ser um pouco difícil. – Fiz charme e ela riu.
– E conseguiu, perdi as contas de quantos morros subi e a toda hora parando para me certificar que estava no caminho certo. Quando penso que estou perto a estrada acaba e tenho que andar um bom pedaço até encontrar a trilha para descer até aqui.
– Mas foi recompensador não foi. – Ela bateu no meu braço revoltada.
– Como você é convencido. – Rimos os dois.
– Sou mesmo, tenho você, só posso ser convencido.
– Você deveria ser proibido de fazer essas coisas.
– O que?
– Me fascinar desse jeito.
– Eu te fascino?
– Desde o primeiro momento.
– Posso dizer o mesmo.
– Ainda me custa acreditar nisso. Realmente por dois anos você pensou em mim?
– Todos os dias. – Ela balançava a cabeça incrédula.
– Eu já disse Isabella, você não se vê claramente.
– Ou será você que tem a visão um pouco turva.
– Você não tem jeito não é. - A puxei para meu colo deixando-a de frente para mim.
– Não importa quantas vezes tenha que repetir, mas vou continuar até te convencer. Você é fascinante Isabella Swan e eu sou completamente apaixonado por você.
Ela desviou seu olhar e me abraçou.
– Jamais vou me convencer de que você existe.
Ficamos ali em silêncio apenas ouvindo o barulho das ondas e as chamas que crepitavam ao nosso redor. De repente ela começou a rir.
– O que foi?
– Estava me lembrando de algo. Tem uma pessoa muito furiosa com você.
– Quem?
– Lauren.
– Quem!?
– A louca que se pendurou em seu pescoço.
– Nem mesmo sabia como se chamava.
– O que fez a ela? Ela estava cuspindo fogo. – Ri.
– Digamos que não me orgulho muito do meu ato, mas ela mereceu. Bem, quando percebi o que ela estava fazendo e vi você simplesmente a soltei e ela caiu de bunda no chão, e eu a deixei ali.
Olhamos um para o outro e foi impossível não começar a rir.
– Mas devo dizer Edward cair no truque do desmaio, esse é bem velho.
– Certo minha culpa, mas como sabe? Por acaso já testou?
– Não, mas já vi e o pior é que também funcionou.
– Quem?
– Alice, quem mais.
– Ela parece muito divertida.
– E é. Também uma completa louca e muitas vezes assustadora.
– Por que diz isso?
– Vai saber se a conhecer.
– Eu vou conhecê-la, não somente ela como toda a sua família. É minha namorada agora esqueceu, ou já está dando para trás? – Ela me olhou assustada.
– Não, porém receio que sua experiência será um tanto interessante, principalmente com o Chefe Swan.
– Eu enfrento sem problemas, afinal sou um Capitão.
– O Meu Capitão.
Beijei-a novamente e a acomodei melhor em meu peito sentido o aroma de seus cabelos e o calor do corpo da minha Deusa. Se existia felicidade maior do que aquela que estava sentindo não saberia dizer. Como diria meu pai e com toda razão, no olhar de Isabella eu estava completo.


1 Comentários:

Val RIBEIRO disse...

hum que bom que tudo acabou bem...por que não postou o 18 em vez de 2 vezes o 17 ?rsrsrs

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